O Homem
O animal nasce,
O Homem faz-se
E tão depressa desfaz-se,
Que os resquícios da passagem,
Erodidos pela bagagem
Pesada do animal,
Trazem a maldição.
Procuram algo altruísta,
Venerando do egoísta
Sua sorte e coragem,
Querendo não outro ser
Senão aquele que há-de ver
A fúria nas suas mãos,
Partilhando com os irmãos
O fútil que já não quer,
Não vendo que tal gesto dele
Só mostra o quão cruel
A sua partilha é.
(André 11.º D)
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