segunda-feira, 16 de maio de 2011

O verificacionismo

«(…) Um regresso ao empirismo (…) começou a dominar a filosofia britânica antes da Primeira Guerra Mundial, sob a influência principal de dois celebrados filósofos de Cambridge – G. E. Moore e Bertrand Russell.
O primeiro tópico que ocupou a atenção [dos filósofos] na segunda metade dos anos 30 foi a natureza do significado – a sua relação com a verdade e a falsidade, o conhecimento e a opinião e, em particular, o teste de significado em termos de verificabilidade das proposições nas quais foi expresso. O impulso para este tema proveio dos membros da Escola de Viena, eles próprios discípulos de Russell e altamente influenciados por pensadores como Carnap, Wittgenstein e Schlick. A perspectiva comum era a de que o significado de uma proposição é a maneira como ela é verificável – se não existir qualquer modo de verificar aquilo que foi dito, tal não será um enunciado capaz de verdade ou falsidade, não será factual, e, por isso, não terá significado, ou então será visto como um caso de um outro uso da linguagem, tal como se vê nas ordens ou expressões de desejo ou na literatura imaginativa ou noutras formas de expressão que não estão directamente relacionadas com a verdade empírica.»
Isaiah Berlin, “My intellectual Path” in The First and the Last (New York: New York Review of Books, 1999) 25-7. (Tradução ad hoc.)

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