tag:blogger.com,1999:blog-79731251463962575992024-03-13T00:09:05.275+00:00filosofar em linhanão vás por aí! põe-te na linha... a pensar.Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-64677174373917931152011-06-09T09:57:00.003+01:002011-06-09T10:01:10.231+01:00Será que existe uma forma alienígena de pensar?<div style="text-align: justify;"> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCML_fqEAiI1rITgPSmlr1nP9MQsJ9bmNfpDhyPEiQATu-o2k_YNQAb7zUTuJ4UxvR0RkyMm1a8fBAqkuNZZ496E23f-FlBmSKJ9mFxfaBRbkVzDdHylXUzjU2Upqcw-E1v76Khx06wHE/s1600/logical+alien.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCML_fqEAiI1rITgPSmlr1nP9MQsJ9bmNfpDhyPEiQATu-o2k_YNQAb7zUTuJ4UxvR0RkyMm1a8fBAqkuNZZ496E23f-FlBmSKJ9mFxfaBRbkVzDdHylXUzjU2Upqcw-E1v76Khx06wHE/s640/logical+alien.bmp" t8="true" width="456" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Vai realizar-se uma conferência internacional de Filosofia da Mente, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na próxima segunda e terça feira (12 e 13 de Junho), em que se reflectirá em torno destas questões interessantíssimas, que já ocuparam Descartes, Kant ou Wittgenstein e que continuam a ocupar filósofos contemporâneos, numa das mais promissoras áreas da filosofia hoje:</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Será que existirão outras formas de pensar diferentes da humana -- alienígenas, portanto? Será a nossa uma entre outras formas de pensar? Ou será que a humana é a forma de pensar por definição?</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Sempre podem dar lá um pulo... para aguçar o apetite para a preparação dos vossos exames de Biologia/Geologia e Física/Química!</div></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-21092339299690275632011-05-20T12:13:00.006+01:002011-05-20T12:17:23.082+01:00Será a astrologia uma ciência? E a filosofia?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Relativamente à </span><a href="http://filosofaremlinha.blogspot.com/2011/05/quaestio.html"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Quaestio de 6-5-2011</span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">, eis a que considero a melhor resposta, sobretudo, por estar muito bem argumentada:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">«Para a resposta a esta Quaestio é fundamental a recorrência a três conjuntos de linhas gerais em que um defina a Astrologia, outro a ciência e por fim outro a Filosofia. Será esta a ordem de discursiva seguida.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">De acordo com o site online Wikipedia a Astrologia é um estudo que tenta deduzir informação acerca das relações humanas, das características psicológicas de cada um e outros assuntos mundanos através das posições relativas dos astros. Conclui pois esta fonte que a Astrologia é uma arte divinatória.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A ciência, segundo o site online Crítica na Rede, é uma designação de que se faz uso para agrupar as ciências formais e as empíricas. As principais ciências formais, assim denominadas pelo facto de não haver existência concreta dos seus objectos de estudo, são a matemática e a lógica. As ciências empíricas são aquelas que estudam os fenómenos naturais e sociais com base na experiência. O fim a que estas ciências se propõem é descortinar e fornecer uma explicação acerca dos padrões e regularidades de tais fenómenos, fazendo uma enunciação rigorosa sob a forma de leis. As leis verdadeiramente científicas instituem generalizações consolidadas acerca dos fenómenos que descrevem, permitem a realização de previsões precisas e são passíveis de ser testadas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Hipoteticamente assumamos que a Astrologia é uma ciência. Questão: A Astrologia é uma ciência formal ou empírica? Como a Astrologia trata de assuntos sociais, faz crer deduzir respostas através dos astros então é uma ciência empírica. Se a Astrologia for uma ciência será uma ciência empírica. “Será a Astrologia uma ciência?”. Respondendo à primeira pergunta de Quaestio que agora citei, utilizando um argumento formal, o modus tollens, fazendo uso de uma ciência formal, a Lógica, diria: Se a Astrologia for uma ciência terá que ser como as ciências empíricas, que fazem uma enunciação rigorosa sob a forma de leis, sendo as leis verdadeiramente científicas aquelas que instituem generalizações consolidadas acerca dos fenómenos que descrevem, permitem a realização de previsões precisas e são passíveis de ser testadas. Ora a Astrologia não fornece generalizações consolidadas acerca dos fenómenos, nem estas podem ser testadas nem possibilita a realização de previsões precisas. Logo a Astrologia não é uma ciência. Na verdade aparenta ser, sendo por isso denominada de pseudociência. Um dos factores que demonstra a não inclusão da Astrologia no ramo científico é o seu método, sendo esta a razão que justifica as minhas afirmações na segunda premissa do argumento apresentado. O método científico consiste em observação e experimentação, ou seja a ciência é um conhecimento planeado, construído e não dado ao acaso. A Astrologia não faz qualquer tipo de experimentação nem sequer é planeada, ou seja, é tudo aquilo que a ciência não é: é dada ao acaso, consiste na adivinhação.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%;">Passando à segunda parta desta reflexão cito o já referenciado site online Crítica na Rede que descreve a Filosofia como “o estudo dos problemas de carácter mais geral e conceptual que afectam o nosso pensamento científico, religioso, artístico e quotidiano, para os quais não há respostas científicas.”. Logo pela definição é notória que a Filosofia não é uma ciência. Mas façamos como se fez na abordagem à Astrologia: a Filosofia é uma ciência, que tipo de ciência é? Na verdade, a resposta seria que a Filosofia é uma ciência formal e empírica, pois os temas tratados são congéneres a estes dois tipos de ciência, a diferença consiste na abordagem, ou seja, no método que se usa e no fim a que se propõe. Segundo a Crítica na Rede a Filosofia tem como método a discussão racional de argumentos, significando isto que não há realmente métodos formais nem científicos de prova como nas ciências. Na Filosofia o possível de ser feito é cogitar o mais correcta e precisamente, procurando deste modo soluções adequadas. Ou seja, são notórias as diferenças entre os métodos, as definições e os objectos aqui estudados pelo que se conclui que a Filosofia não é uma ciência, embora seja usada por esta.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%;">Embora já respondidas as três questões propostas para esta reflexão, surge-me uma outra que sinto necessidade de responder: se a Filosofia não é uma ciência, então o que é? No meu ponto de vista a Filosofia é a arte dos apaixonados pela verdade, dos insatisfeitos com a simples existência e dos renegados da banalidade.»</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; line-height: 115%;">André Ferreira 11.ºD</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-42117938416843026972011-05-16T12:08:00.001+01:002011-05-16T12:09:24.780+01:00O verificacionismo<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">«(…) Um regresso ao empirismo (…) começou a dominar a filosofia britânica antes da Primeira Guerra Mundial, sob a influência principal de dois celebrados filósofos de Cambridge – G. E. Moore e Bertrand Russell.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">O primeiro tópico que ocupou a atenção [dos filósofos] na segunda metade dos anos 30 foi a natureza do significado – a sua relação com a verdade e a falsidade, o conhecimento e a opinião e, em particular, o teste de significado em termos de verificabilidade das proposições nas quais foi expresso. O impulso para este tema proveio dos membros da Escola de Viena, eles próprios discípulos de Russell e altamente influenciados por pensadores como Carnap, Wittgenstein e Schlick. A perspectiva comum era a de que o significado de uma proposição é a maneira como ela é verificável – se não existir qualquer modo de verificar aquilo que foi dito, tal não será um enunciado capaz de verdade ou falsidade, não será factual, e, por isso, não terá significado, ou então será visto como um caso de um outro uso da linguagem, tal como se vê nas ordens ou expressões de desejo ou na literatura imaginativa ou noutras formas de expressão que não estão directamente relacionadas com a verdade empírica.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">Isaiah Berlin, “My intellectual Path” in <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The First and the Last</i> (New York: New York Review of Books, 1999) 25-7. (Tradução <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ad hoc</i>.)</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-84938414792918126712011-05-16T11:29:00.002+01:002011-06-20T16:27:50.661+01:00Rir e pensar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jg1-olBRqEX-gN9eK-hatoXLS72OVCZ53RUyMBNFAzIqPbzXSyfV1M_6lmT5Qyz5sYSPwIV8cA7_d1VJmrgZ9MLiM9h-39F8W3L-603YPardB0C1UfGVhtkBdyp9PoNKucfazMLYoaE/s1600/achmed.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jg1-olBRqEX-gN9eK-hatoXLS72OVCZ53RUyMBNFAzIqPbzXSyfV1M_6lmT5Qyz5sYSPwIV8cA7_d1VJmrgZ9MLiM9h-39F8W3L-603YPardB0C1UfGVhtkBdyp9PoNKucfazMLYoaE/s200/achmed.png" width="188" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">No seu livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os Problemas da Filosofia</i>, Bertrand Russell ilustra de forma irónica, tipicamente britânica, o problema da indução. Pede-nos que imaginemos um peru a quem o agricultor dá todos os dias de comer. O peru acostuma-se a isso e, cada vez que vê aparecer o agricultor, espera receber a sua ração diária. Suponhamos que o peru é um bom indutivista e não quer precipitar-se nas suas conclusões. Dedica-se, portanto, a recolher pacientemente dados sobre o assunto que mais lhe interessa – a hora da refeição. Finalmente, face à regularidade com que sucedem os fenómenos, o peru acaba por inferir que sempre que aparece o agricultor recebe a sua ração de alimentos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Estamos no Dia de Acção de Graças e o peru pavoneia-se de contente com a sua descoberta. Não imagina, porém, que, nesse dia, o agricultor que esteve a alimentá-lo até então, em vez de he dar de comer, lhe torcerá o pescoço, metê-lo-á no forno e o comerá!</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-81526144627960481242011-05-06T09:30:00.005+01:002011-05-06T09:30:01.618+01:00Quaestio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIgt03pRvG7AV83uodO6slGEQ59guwA9TCujEZOWWoRNBFEOI46JiNq0-ePLNemSYCUIDP5tGCct8e-eLs4UHDvSZOF9lAzX5mFd11zhbg9iJK9qmVZ7kXzXCK_Ai8iTqaqK4N0J4nX3c/s1600/quaestio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIgt03pRvG7AV83uodO6slGEQ59guwA9TCujEZOWWoRNBFEOI46JiNq0-ePLNemSYCUIDP5tGCct8e-eLs4UHDvSZOF9lAzX5mFd11zhbg9iJK9qmVZ7kXzXCK_Ai8iTqaqK4N0J4nX3c/s200/quaestio.jpg" width="135" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
Será a astrologia uma ciência? Porquê?<br />
E a filosofia?Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-77970216250697091612011-05-05T09:23:00.002+01:002011-05-05T09:26:32.498+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMoiYGs7MrQAAmu4jY80RCgI_HcS2vfrYiZNQIfA9DwLgs2H_Zzq7rNQyO_o_-YljfWjl7LZCL5r-FiMHsPehvo9cnKKW8GCJB94wgfpHFMW-y1grTDoHXiMwS5SbO4YPCkWyvVsC3x1g/s1600/cartaz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMoiYGs7MrQAAmu4jY80RCgI_HcS2vfrYiZNQIfA9DwLgs2H_Zzq7rNQyO_o_-YljfWjl7LZCL5r-FiMHsPehvo9cnKKW8GCJB94wgfpHFMW-y1grTDoHXiMwS5SbO4YPCkWyvVsC3x1g/s400/cartaz.jpg" width="400" /></a></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0Mirandela, Portugal41.438608659029974 -7.185058968750013341.237842659029972 -7.3538934687500133 41.639374659029976 -7.0162244687500133tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-85304008450402524292011-05-03T00:18:00.001+01:002011-06-20T16:30:14.820+01:00Rir e pensar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb3pUymSqszBZ0YWIGWmM4WV_je98DGw6oNRXj4m_gqKExQkQJgUUjLhFpRowGANTKQSrCjiWP1_30Sh6FORinhfVPIU8wcjTRTKpHqjoKlxbRX5KwdOnKR4s7bKrwqerYSCSe2mkDiB4/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb3pUymSqszBZ0YWIGWmM4WV_je98DGw6oNRXj4m_gqKExQkQJgUUjLhFpRowGANTKQSrCjiWP1_30Sh6FORinhfVPIU8wcjTRTKpHqjoKlxbRX5KwdOnKR4s7bKrwqerYSCSe2mkDiB4/s400/1.JPG" width="390" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnDJFyakaNmc2pZQGjUOoqVRd-WB1_U4EhZ2ZbcJ9-3F25tGVu2D1geqpbVojX17AOQrMYsvBT45C6y-PsABNNwAhwFVTEVJ6vI9tssps6hps7modSHJBF1abulG8kyt-PoNN5OW-GwY/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnDJFyakaNmc2pZQGjUOoqVRd-WB1_U4EhZ2ZbcJ9-3F25tGVu2D1geqpbVojX17AOQrMYsvBT45C6y-PsABNNwAhwFVTEVJ6vI9tssps6hps7modSHJBF1abulG8kyt-PoNN5OW-GwY/s400/2.JPG" width="397" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw_geG79whdLRwHCvWZC-wki43SZuPp_-PKNuF29FXBd1AczVDmrpZvc6cR9D4pMlrdbU8-qM2WMHYEWBud5DyIOVPf4-Eu6Bvg8SDDTwqMWPh6O0wy5Q0X0H8PPi5j5prQRB-9Q0U-QI/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="398" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw_geG79whdLRwHCvWZC-wki43SZuPp_-PKNuF29FXBd1AczVDmrpZvc6cR9D4pMlrdbU8-qM2WMHYEWBud5DyIOVPf4-Eu6Bvg8SDDTwqMWPh6O0wy5Q0X0H8PPi5j5prQRB-9Q0U-QI/s400/3.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwwfADpNSOOd9wPDrHaeNwIzeK1aqGqgEJRv3NhXLoHa9JA97Z3sphMqHdzGupkNOrLVCg0PLtDnX6bR9IPkHxHBE3BPxN27lvfpamWBIbtJRvZe5USFktTRMAgrPY7ty0ICzVnvk8LA/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="395" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwwfADpNSOOd9wPDrHaeNwIzeK1aqGqgEJRv3NhXLoHa9JA97Z3sphMqHdzGupkNOrLVCg0PLtDnX6bR9IPkHxHBE3BPxN27lvfpamWBIbtJRvZe5USFktTRMAgrPY7ty0ICzVnvk8LA/s400/4.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPJdgdisS_8SZ6UolhC3nTflHY4WueHmn3SYCI8iV29HVnG9N9wYu7GNJccHm2TNzWWJKbeepPWK1EZTsdHCtXCYra0lQPH9Y6qKudixjGl20pospb_K_wkdrD2fVw2S2Zxo_iu2Nivtk/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="390" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPJdgdisS_8SZ6UolhC3nTflHY4WueHmn3SYCI8iV29HVnG9N9wYu7GNJccHm2TNzWWJKbeepPWK1EZTsdHCtXCYra0lQPH9Y6qKudixjGl20pospb_K_wkdrD2fVw2S2Zxo_iu2Nivtk/s400/5.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5fQ3kOypgcQnBzQZf_mWyBiofQGK-nQBd_1iA0QL_VVOQ3x4WPFSiPNAnLBZH1_OsXnzZA9ASOuDZdhteUiiT3RwBakQhP_YMN1zhtuaUHBzFpnPw086tJpzkbroHkm6dm7Zl14gf5SQ/s1600/6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5fQ3kOypgcQnBzQZf_mWyBiofQGK-nQBd_1iA0QL_VVOQ3x4WPFSiPNAnLBZH1_OsXnzZA9ASOuDZdhteUiiT3RwBakQhP_YMN1zhtuaUHBzFpnPw086tJpzkbroHkm6dm7Zl14gf5SQ/s400/6.JPG" width="397" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvH6f1-k-xD7RefaT_U92rmwC288ox126LseZwFA3fvKwTHRCPme8BRc89Yh8Cy3I-f1WdFPAriSWip3CWVD_upVDW05P4chhZ7J7q-Mn0k2YTyuwwYwWZ-ctiZJFj7QPmy7mkA8khZKg/s1600/7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvH6f1-k-xD7RefaT_U92rmwC288ox126LseZwFA3fvKwTHRCPme8BRc89Yh8Cy3I-f1WdFPAriSWip3CWVD_upVDW05P4chhZ7J7q-Mn0k2YTyuwwYwWZ-ctiZJFj7QPmy7mkA8khZKg/s400/7.JPG" width="395" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl56NVz-PDMq2ouE_Ebc4Rc97GjSw74fVRWJwYMne5epebczV3Nt9RZ6bPlsQ6_bfpf6PMSkxH1gQJljO3M4ULfrAcltjjy4VUOJbxaCNPETFtRDUZKNx-XF6qVNXMLxtUFt3milXtBM8/s1600/8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl56NVz-PDMq2ouE_Ebc4Rc97GjSw74fVRWJwYMne5epebczV3Nt9RZ6bPlsQ6_bfpf6PMSkxH1gQJljO3M4ULfrAcltjjy4VUOJbxaCNPETFtRDUZKNx-XF6qVNXMLxtUFt3milXtBM8/s400/8.JPG" width="380" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXcHd3wmFcxQT03MIhmalGJ-Cu2JGl3rWLO75Cb0q1lOwW4E2oJyutZsn4dnLcv7hT1Z4U48uiVMR_-FGibstONpk14TbRxggU53P1ll7Vq6OedT8gac9ADOG5pt-SagIF6yuQUE0SXNk/s1600/P3060143.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXcHd3wmFcxQT03MIhmalGJ-Cu2JGl3rWLO75Cb0q1lOwW4E2oJyutZsn4dnLcv7hT1Z4U48uiVMR_-FGibstONpk14TbRxggU53P1ll7Vq6OedT8gac9ADOG5pt-SagIF6yuQUE0SXNk/s400/P3060143.JPG" width="400" /></a></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-81251691380142779632011-04-28T21:00:00.002+01:002011-06-20T16:30:34.707+01:00Rir e pensar<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfsdMBe60qLQ6J1qoCZ7fLzAqw_9Za8-hFmbr18x5jeAW3XmxCLT1qx5wTS1bKZLkZa-8eO3yphkXxM9Q81Yotvd9UFrbAY1Zz6m7zmG2wlhfZtfLKrJNJWdis9EvfO8W4zsfSn4qjs5s/s1600/achmed.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfsdMBe60qLQ6J1qoCZ7fLzAqw_9Za8-hFmbr18x5jeAW3XmxCLT1qx5wTS1bKZLkZa-8eO3yphkXxM9Q81Yotvd9UFrbAY1Zz6m7zmG2wlhfZtfLKrJNJWdis9EvfO8W4zsfSn4qjs5s/s200/achmed.png" width="188" /></a></div><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">David Hume defendeu o empirismo (apenas é fiável a informação que nos chega através dos sentidos), mas propôs-se corrigi-lo na vida quotidiana com uma boa dose de bom senso, o qual, seguramente, o evitou de cair no ridículo em mais de uma ocasião, diferentemente do protagonista desta anedota clássica:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">Um empirista visitava uma quinta em companhia de amigos, quando um deles, ao ver um rebanho de ovelhas sem lã, comentou:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">– Vê-se que as ovelhas acabam de ser tosquiadas.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">Ao que o empirista, fiel aos seus princípios gnoseológicos, acrescentou:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;">– Deste lado, parece que sim.</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-42576001468860520762011-03-22T16:55:00.002+00:002011-04-29T14:37:00.810+01:00O valor da filosofia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgovpfCK8ftc3VtmbDafpX7CVxEjXPZ8I2n-IantMcK9BG2-vldXJN2KzosW0RUyQ3CZ2kNYy1qNJYhzaxXLykdPu70i99UvrH0bIqib4_PkB4_M7R-fJhDpNG8J2XxFjRphmE1_od69og/s1600/descartes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200px" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgovpfCK8ftc3VtmbDafpX7CVxEjXPZ8I2n-IantMcK9BG2-vldXJN2KzosW0RUyQ3CZ2kNYy1qNJYhzaxXLykdPu70i99UvrH0bIqib4_PkB4_M7R-fJhDpNG8J2XxFjRphmE1_od69og/s200/descartes.jpg" width="187px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">«Viver sem filosofar é propriamente como ter os olhos fechados sem nunca se esforçar por abri-los; e o prazer de ver todas as coisas que a nossa vista descobre não é comparável à satisfação que dá o conhecimento daquelas coisas que se descobrem por meio da Filosofia. E este estudo é mais necessário para regular os nossos costumes e nos orientarmos nesta vida do que o uso dos nossos olhos para guiar os nossos passos. Os animais, que só têm que preocupar-se com a conservação do seu corpo, ocupam-se continuamente a procurar com que alimentá-lo; mas os homens, cuja parte principal é o espírito, devem empregar os seus principais cuidados na investigação da Sabedoria, que é o seu verdadeiro alimento; e eu estou seguro que há muitos que o conseguiriam se tivessem esperança de êxito e se soubessem como são capazes de o alcançar.»</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">René Descartes, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Princípios da Filosofia Primeira</i>, trad. port. Leonel Ribeiro dos Santos (Lisboa: Presença, 2.ª ed, 1998) “Prefácio”, 33.</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-46219334117333670052011-03-22T15:02:00.005+00:002011-06-20T16:30:55.375+01:00Rir e pensar...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh76jE6jcS12vTfxfbLIjiXF9TbMd_bo6STVX1jh-rbEqnuZWDqnztfyiA7Ai1wFITdRC3D4MUTj9GWBdFYC6NMLbZr1ZpbiUBdq2MWmhN4vQV5BCmkRbwJ9p4pmx817NJQzuXpACOA_E/s1600/a+mulher+de+Descartes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh76jE6jcS12vTfxfbLIjiXF9TbMd_bo6STVX1jh-rbEqnuZWDqnztfyiA7Ai1wFITdRC3D4MUTj9GWBdFYC6NMLbZr1ZpbiUBdq2MWmhN4vQV5BCmkRbwJ9p4pmx817NJQzuXpACOA_E/s400/a+mulher+de+Descartes.jpg" width="400" /></a></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-19353894052423746302011-03-04T11:13:00.000+00:002011-03-04T11:13:11.099+00:00Lugar à poesia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O Homem</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
O animal nasce,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O Homem faz-se</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">E tão depressa desfaz-se,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Que os resquícios da passagem, </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Erodidos pela bagagem</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pesada do animal,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Trazem a maldição.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Procuram algo altruísta,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Venerando do egoísta</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sua sorte e coragem,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Querendo não outro ser</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Senão aquele que há-de ver</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A fúria nas suas mãos,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Partilhando com os irmãos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O fútil que já não quer,</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não vendo que tal gesto dele</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Só mostra o quão cruel</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A sua partilha é.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(André 11.º D)</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-40537607563246193072011-03-04T11:09:00.000+00:002011-03-04T11:09:56.033+00:00Fora de série (1)<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">«</span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Penso que vivemos [sob o efeito de sombras, aparências ou ilusões], muito por culpa dos avanços tecnológicos, da insatisfação intrínseca que o Homem possui em não se contentar com o que tem e querer sempre ser melhor que os outros e também pela passividade mental a que nos sujeitamos, deixando cair a nossa mente num fleumatismo doentio que se torna companheiro vital de tanto ser requisitado.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Na minha opinião, há três factores que contribuem de forma colossal para visionamentos boicotados: a religião, a política e a publicidade. </span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A religião foi criada pelos medos humanos relacionados os procedentes do término vital e é este o principal motivo de manipulação usado pelos pseudo-mensageiros da mensagem divina. </span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A política utiliza o que se pode chamar um sofisticado sistema retórico que possui um elevado sucesso pois torna-se muito credível face às divergências encontradas entre os discursos e as acções. A publicidade torna-se cada vez mais um meio de divulgação enganosa que é feita com pormenores pensados para iludir e convencer.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A religião cristã, falo apenas desta por não conhecer costumes de outras, tem um hábito que vai condiciona um ser humano antes deste o ser. Uma vez escrevi um poema intitulado “O Homem” que começa da seguinte forma: “O animal nasce,/o Homem faz-se”, ou seja, nós nascemos animais e somos formados seres humanos através da educação e da vivência em sociedade e do meu ponto de vista não se pode adquirir requisitos suficientes para tal estatuto na idade com que as crianças são baptizadas, quando elas dão o seu primeiro inconsciente e imemorável passo na família de Deus, por isso digo que estas são condicionadas antes de serem humanas. Como não bastasse já, muitas destas crianças seguem o seu caminho na peregrinação para a ascensão ao Céu através da catequese onde aprendem a acreditar num Deus. A religião utiliza uma presença divina e um medo pelo desconhecido com que levam mentes passivas a uma vida dedicada ao Senhor fazendo com que estas não vejam para além daquilo a que se submeteram.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
A política com o seu sistema retórico acaba por ser algo que até os próprios actores ludibria, ou seja, muitas vezes os ditos políticos não passam de seguidores que não fazem a mínima ideia dos ideais que defendem, o que torna os sistemas políticos hodiernos muito híbridos ao ponto de ser difícil de discernir o tipo de política praticado. Na política as pessoas são levadas a acreditar, excepto aquelas que já possuem uma capacidade natural de devoção a um partido pois estas já acreditam em tudo o que for feito, em cenários muitas vezes impossíveis e raramente materializados. O interessante é que isto já acontece há muitos anos e continua a dar resultados, ou seja, existe uma obscuridade mental tal que não há força para sequer se procurar a claridade. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A publicidade torna-se talvez o método que mais afecta as pessoas pois é onde o tiroteio é maior e porque actua nos aspectos animais de um indivíduo e leva-o a esquecer-se da sua parte racional, ou seja, conduz ao fleumatismo mental supracitado. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todas estas formas de manipular a mente humana são obstruções e limitações que nos impedem de visualizar com clareza. O interessante é que é o Homem que atraiçoa a visão humana, ou seja, somos traídos e vendados por nós e por outros como nós e nós também traímos e vendamos e isto já ascendeu a um patamar em que é difícil não se ser alvo de nenhuma destas balas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(…) O Homem evolui e traça o seu próprio destino, estando muitas vezes a evolução associada à negridão negativamente evolutiva das visões que vão surgindo. Foi na tentativa de fugir a ideias já formados e muitos deles deformados que surgiu a arte de livremente pensar e de procurar caminhos e visões: Filosofia.»</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(André 11.º D)</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-12680136067353121692011-03-04T11:06:00.000+00:002011-03-04T11:06:42.373+00:00Fora de série (2)<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 150%;"> <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">«</span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">Independentemente da fonte dos estímulos, eles chegam-nos ao cérebro através de impulsos depois de "sentidos" pelos sentidos. O que é a realidade? No meu ponto de vista, a realidade é o conjunto de todos os impulsos que recebemos e percepcionamos através dos sentidos. No caso dos humanos, conseguimos percepcionar cinco realidades que são os cinco sentidos. A realidade é partilhada pelos indivíduos que partilham os mesmos sentidos. Quanto maior a nossa afinidade para esse sentido, maior é a nossa noção dessa realidade. Por exemplo, partilhamos uma realidade com o cão, já que ambos nos podemos ver, ouvir, sentir, cheirar e até provar. No entanto, o cão tem muitas mais aptidões olfactivas do que visuais, pelo que vislumbra melhor essa realidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">É um conceito um pouco complexo, pois leva a um problema. Então se nós, por exemplo, não conseguimos ver a radiação emitida na zona infravermelha (apenas temos receptores visuais para a radiação visível) supostamente não devíamos estar nessa realidade. No entanto, emitimos radiação infravermelha e um animal (como o morcego, penso) que tenha sensores para ver infravermelhos vê-nos nessa realidade, apesar de não fazermos parte dela.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">Então, fazemos ou não fazemos parte dessa realidade? É muito simples. Partindo deste conceito a realidade é subjectiva, relativa aos estímulos recebidos por cada um e pode ou não ser partilhada. Por exemplo, o golfinho através do sonar (som) cria mentalmente uma visão do fundo marinho, que provavelmente iria ser idêntica à nossa se o pudéssemos iluminar. Um objecto pode então ser real ou inexistente, dependendo dos sensores de realidade do indivíduo. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">Como seres humanos, com inteligência exclusiva na Terra, penso que poderíamos definir realidade como tudo aquilo que nós humanos poderemos percepcionar através dos sentidos, criando uma super realidade comum. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Et voilá!</i> Nasceu o conhecimento! Assumindo tudo o que os nossos sentidos percepcionam como parte da realidade, então tudo o que nos chega ao cérebro é informação, é conhecimento da realidade. Sendo assim, quando vemos uma imagem que por ilusão óptica mexe, devemos admitir, como real, o facto de ela se mexer. E quem pode contra-argumentar que ela não mexe, se os meus olhos constataram esse facto? Os outros quatro sentidos! Por isso, lhe chamei super realidade, os cinco sentidos humanos agem em convergência: se a visão diz que não, mas os outros quatro me dizem o contrário, então devo admitir que de facto a imagem não se mexeu.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">Pondo isto desta forma, posso dar a certeza que esta realidade existe, pois estou a constatá-la, e mesmo que toda esta realidade seja apenas uma sombra na caverna ou um software de computador, ninguém tem o poder de dizer que é menos real que outra qualquer realidade.»</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: PT;">(João Morais 11ºD)</span></div></span></span>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-57528848854218191962011-03-04T11:01:00.005+00:002011-03-04T11:42:18.616+00:00Comentários escolhidos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSmE2iLy5DKneUVRngWTn-ZPl1dS72hxm5Ws7BIzSrBV7s4OxE7Ul1BGnYDGc9Xc93KAk_6YHVFKf8Nw_E4gkXZdmxo7pmKXXogWslN6nTyexWpkdp1kzjmJSsH8zrb0m_6ZGvsRiH5Fc/s1600/comentario+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" l6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSmE2iLy5DKneUVRngWTn-ZPl1dS72hxm5Ws7BIzSrBV7s4OxE7Ul1BGnYDGc9Xc93KAk_6YHVFKf8Nw_E4gkXZdmxo7pmKXXogWslN6nTyexWpkdp1kzjmJSsH8zrb0m_6ZGvsRiH5Fc/s1600/comentario+%25281%2529.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">1.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Sim podemos estar a viver, hoje, sob o efeito de sombras ou aparências, como as que se refere Platão na “Alegoria da Caverna”, ou de ilusões, análogas às provocadas pelo supercomputador no filme “The Matrix”. Sobretudo por três aspectos que eu acho que são aqueles que nos influenciam, as ditas “sombras” são: a retórica, a publicidade e a sociedade em que vivemos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Irei começar pela sociedade que é uma influência derivada dos pensamentos das pessoas, ou seja, vivemos hoje numa sociedade materialista que dá muito valor ao dinheiro e à aquisição de bens. Se formos ver uma tribo de hindus o mais essencial não é o dinheiro mas sim o espírito de entreajuda e não possuir bens. Nós somos bastante influenciados por esta sociedade. Sejamos francos: quem não gostaria de ter um Ferrari, uma mansão, um iate, um avião privado, resumindo, ser rico. Mas será que isto é que nos trará a felicidade a longo prazo e não instantânea? Estamos a ser ignorantes sabendo que a verdade, ou seja, que o mais importante não é o dinheiro mas sim o amor, amizade e a entreajuda. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Vamos agora à publicidade que é um óptimo exemplo de manipulação das pessoas. A publicidade influencia muitas pessoas, porque apela aos sentimentos, ou seja, ao Pathos, o que leva muitas vezes as pessoas a adquirir o produto que está a ser publicitado. Mas de quem é a culpa deste engano: das pessoas ou dos publicitadores? A culpa é dos dois, pois os publicitadores têm que apresentar a publicidade, mas sem manipular as mentes das pessoas. Por outro lado, os consumidores também têm culpa, pois têm que ser espertos o suficiente para ver o que é bom, se estão ou não a ser manipulados e a serem críticos em relação ao que vêem. Pois a publicidade ilude o consumidor e leva o auditório/consumidores a aceitar sem questionar a publicidade. Ainda existem os argumentos de autoridade, que se inserem muitas vezes nas publicidades, ou seja, o Ethos. Por exemplo, numa publicidade do banco BES, aparece o Cristiano Ronaldo, jogador de futebol, e ainda ouço dizer “se está lá o Cristiano Ronaldo é porque é verdade que é bom”. Estas pessoas são ignorantes por quererem. Para já ele não é um entendido da matéria e ainda possivelmente ele nem conta tem lá no banco, só o puseram lá na publicidade para atrair a atenção por ele ser famoso, não por perceber de bancos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Agora o elemento mais poderoso em termos de nos criar as ditas “sombras” é a retórica. É um mundo que nos envolve a mente com persuasões e manipulações, que nos fazem quebrar muitas vezes para as teses apresentadas. Mas atenção, há dois tipos de retórica: a retórica com um bom uso ético e um mau uso ético. O bom uso ético é: convence com boas razões; é considerada uma retórica “branca”, ou seja, no fundo, como base, utiliza as razões, ou seja, o Logos. Enquanto a retórica não ética, no fundo, como vimos na publicidade, o seu intuito é manipular, quer iludir e levar a aceitar uma tese e fá-lo baseando-se, sobretudo, no Pathos e no Ethos. Mas atenção não estou a discriminar a retórica, acho a retórica formidável e muito poderosa, mas deve ser usada com moderação e que tenha como base boas razões. Na antiga Grécia utilizavam a retórica com a utilidade de discutirem de forma ética não com intenção de manipular, mas sim convencer com base nas boas razões.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Portanto, acho que somos influenciados por “sombras” tal como apresentei na minha tese. Mas nós, ser humano, ser intelectual com capacidade de pensar, temos que muitas vezes desprender-nos e sair do nosso círculo, pois fora dele está a verdadeira verdade/conhecimento. Porém, há quem queira ficar ignorante para sempre no interior do círculo. É uma escolha. Mas quererá essa pessoa ser ignorante toda a vida?» </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Ivan Morais 11ºE)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">2.</span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: black; line-height: 150%;">«</span><span style="color: black; line-height: 150%;">Os conceitos aparência e realidade são o contrário um do outro. No entanto, apenas uma pequena barreira os separa. Daí que seja difícil distingui-los.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Admitimos que este mundo, o mundo em que vivemos é a realidade. E porquê? Porque simplesmente é o que parece. Mas afinal é ou parece que é? Esta é a grande dúvida. É ela que nos faz sair do estado de ignorância. É ela que nos abre a porta para o caminho da verdade. Pois, se nunca questionarmos nunca saberemos a verdade.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Então, como poderemos saber se vivemos num mundo real ou num mundo ilusório? Se tudo não passar de uma ilusão, nós não teremos percepção disso. Os nossos sentidos estariam a enganar-nos e a dar-nos a ideia de que se tratava da realidade. Assim, teria de existir uma entidade superior capaz de nos controlar, de tal forma, que nos fizesse acreditar que a ilusão era real.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Na minha opinião, esta hipótese é bastante plausível. Pois, quantas vezes nos acontece estarmos a sonhar e pensarmos que se trata de uma situação real? Inúmeras vezes, de facto. Então, poderemos estar a viver numa espécie de sonho permanente. Esta hipótese parece ser bastante radical, mas poderá ser verdade. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Deste modo, penso que é possível que estejamos a viver sob o efeito de sombras ou aparências como Platão refere na “Alegoria da Caverna” ou de ilusões semelhantes às que o supercomputador gera no filme “The Matrix”.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Trebuchet MS", "sans-serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Ana Luísa 11.º A)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">3.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«A nossa consciência é um pequeno pau a boiar num oceano da inconsciência.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«[O filme “The Matrix” e a “alegoria da caverna”] de Platão faz-nos pensar e bem... e nós começamos a escavar um buraco para tentar chegar ao ouro...ao conhecimento...à verdade...à liberdade.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Mikael, 11.º A)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">4. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">«</span><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;">O ser humano na sua vida deve pensar em perguntas como “o que é o conhecimento?” e “será que estamos a ser controlados nas nossas acções e que isto tudo não passa de uma grande ilusão?”, mesmo que não seja possível obter respostas concretas, porque assim, mesmo que nunca soubermos a resposta, sabemos que não nos contentamos em viver permanentemente num estado de ignorância.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Luís 11.º A)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">5.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Também hoje em dia, tal como no filme [“The Matrix”] e na alegoria [da caverna], todos nós vivemos numa suposta realidade que nunca questionamos e que nos é imposta através da retórica sem sequer darmos por isso, pois não pensamos nem no que é a realidade nem naquelas realidades que nos são "impingidas". Estas realidades ilusórias são-nos transmitidas através de toda a sociedade idealista, da televisão, da internet e de tudo aquilo que utiliza retórica para entrar em contacto connosco.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Concluindo: também nós, tal como os prisioneiros da caverna e a humanidade retida no “matrix”, estamos a viver uma realidade ilusória, construída de ilusões, crenças e paixões, que nos é transmitida pela sociedade e meios de comunicação através da retórica.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Ana Rafaela 11ºC nº2)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">6.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Se pensarmos, quantas pessoas, quantas mentes brilhantes chegam a morrer sem nunca se terem questionado, sem nunca terem procurado o conhecimento, sem terem contemplado a realidade? E quantos de nós, se nunca passássemos agora pela escola, se não tivéssemos Filosofia, quantos de nós morríamos sem nunca termos sequer pensado que aquilo que estamos a viver pode ser apenas uma ilusão?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Mas quem tem a possibilidade de sair deste mundo de aparências, de descobrir afinal o que é a realidade, de questionar aquilo que até agora toma como certo? Esta libertação não é possível sem existir o conhecimento, pois é a busca deste que permite que os seres humanos se libertem do mundo ilusório, de um mundo que está preso à ignorância.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Ana Rita 11.º D)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">7.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Como alguém disse: "nascemos na prisão e libertamo-nos quando adquirimos a verdade", o problema consiste em saber se algum dia nos vamos chegar a libertar, porque num mundo de facilitismos, penso que encontrar a verdade e descobrir o que de facto é real e verdadeiro não nos interessa ou não nos convém.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Uma coisa que eu considero que também nos ilude um pouco e ao qual somos muito ligados, não por querermos mas sim porque somos quase que obrigados, é a publicidade e a televisão em si, que nos transportam para um mundo que não é o nosso, onde tudo de bom acontece, e as coisas aparecem sempre bem feitas, quando na realidade os finais (quase) nunca são felizes.</span><br />
<br />
<span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Acho também que nós passámos a vida inteira aprisionados a todas as ideias pré-feitas, a mitos e coisas do género que nos impedem de ver a realidade, ficamos aprisionados à comodidade e uma felicidade momentânea que é muito mais simples de ser conseguida o que também nos remete para as sombras.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(…)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Portanto, penso, obviamente, que estamos presos a ilusões e sombras como sempre estaremos: o ser humano é um ser comodista e enquanto assim for o Matrix e a Alegoria da Caverna vão servir para explicar na perfeição a condição humana perante o conhecimento.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Patrícia 11.º D)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">8.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Não podemos afirmar que aquilo que sabemos, ou seja as nossas crenças, seja realidade, pois neste momento eu posso estar a ser controlado por um supercomputador, em que fui programado para dever fazer o que o professor de filosofia me mandou, sendo este também programado, para me mandar fazer este trabalho. Se eu quiser posso não fazer o trabalho de filosofia, mas se não o fizer não tenho culpa, pois fui programado por este tal supercomputador, acarretando depois com as consequências que ele me impôs, como por exemplo o professor de filosofia dar-me uma má nota, ou podendo também ocorrer o contrário em que o professor de filosofia me daria uma alta nota, pois foi programado para isso. Se calhar na realidade dele, no que ele sentia, ele não sabia que estava programado, mas poderia por exemplo ter uma certa pena de mim, dando-me assim uma alta nota, e ao mesmo tempo ele e eu sermos iludidos por o supercomputador, e acreditarmos que aquilo era a realidade, pois o sentimento de “pena” na verdade existe, se é que existe a verdade.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Paulo Alvadia 11.º D)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">9.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Sim, porque se nós estivéssemos realmente a ser controlados por um "supercomputador" (como o do Matrix) ou qualquer outra coisa com a mesma função, tudo aquilo que descobrimos até hoje seria porque essa coisa queria que nós descobríssemos, e se nós até hoje nunca encontramos nada que provasse que somos controlados por um ser/coisa superior, seria porque ela não queria que nós soubéssemos. Nunca podemos ter nada como certo por muito que o mundo em que vivemos nos pareça 100% real.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Será que se estivéssemos a ser controlados o mundo não nos parecia 100% real à mesma? E para esta questão não vale uma resposta como: ninguém nos controla porque sou eu que decido o que faço ou ninguém nos controla, porque nunca vi nada em contrário. A pergunta é se é possível, e neste mundo tudo é possível, porque se é possível um computador controlar-te através dos impulsos eléctricos do cérebro, então também e possível que as ideias que te chegam ao cérebro não sejam tuas, então também é possível que vivas num mundo de ilusões, também é possível que a terra não exista, que não passes apenas de dados de um jogo de computador em que o jogador decide aquilo que tu vais fazer. A verdade é que tudo é possível, e tanto agora podemos ser uma espécie muito avançada e o único planeta com vida, como um dos muitos mundos no universo e sermos marionetas de um outro. Então aí veríamos que tudo aquilo que "nós" (maioria) entendemos como real, seria apenas um monte de feno que alguém nos pôs a frente e nós, feitos burros, comemos.»</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: right dashed 503.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia", "serif"; line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">(Júlio Reis 11ºD)</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-13761739615960547932011-02-23T10:27:00.002+00:002011-02-23T10:38:09.269+00:00Mais sobre o desafio do cepticismo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9cI7P771TffKIxManq9v78OpSh-2nYTMdYrGTQySCtmMUnouPjEddFz0cJov6O0iKV6WJpjz00ccfc9gU3m3cmeTi_V2B-X90ozQR1X1Va5dRl8q1RLTV1qPhftjgXB07KjSwOlP3ox4/s1600/duvida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="276" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9cI7P771TffKIxManq9v78OpSh-2nYTMdYrGTQySCtmMUnouPjEddFz0cJov6O0iKV6WJpjz00ccfc9gU3m3cmeTi_V2B-X90ozQR1X1Va5dRl8q1RLTV1qPhftjgXB07KjSwOlP3ox4/s400/duvida.jpg" width="400" /></a></div>Para saberes mais sobre o desafio lançado pelo cepticismo à filosofia do conhecimento, designadamente sobre a tentativa de superação de Descartes, lê este <a href="http://criticanarede.com/html/epi_cepticismo.html">texto, de muito fácil compreensão, de Janice Thomas</a> (retirado de Elizabeth Burns e Stephen Law (org.), <em>Philosophy for AS and A2</em><span style="color: black;"> </span>(Londres: Routledge, 2004) .</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-31343410369425544332011-02-10T11:56:00.001+00:002011-02-10T11:58:01.792+00:00A dúvida cartesiana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN3y2Yy33rU6n9TGUQe2zvcH8nbEe5oq4cLBm2wZe-LQH_xt16uEv105I0ipue3OgTxjQq2Q3thQBs69d3KH6agKzkjf7AxhmQninwzrbRWtpplMjMwoEjZhuqKZdWecj1lg6aF1CLN8w/s1600/P1270001.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN3y2Yy33rU6n9TGUQe2zvcH8nbEe5oq4cLBm2wZe-LQH_xt16uEv105I0ipue3OgTxjQq2Q3thQBs69d3KH6agKzkjf7AxhmQninwzrbRWtpplMjMwoEjZhuqKZdWecj1lg6aF1CLN8w/s320/P1270001.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCXY9qsYBDY92YdyfhTuVWrFK0iE7tHWFbADeQWsKhMxJBq9o_LZ9cuoK9sKcvzWwPS50aO0Bm1hM601YYrDuM-yaCgJ8nQVpNQw4m4hz9qdVHXD-p-Hoy-d7uR0XmUQHrwemC3YwtfSU/s1600/P1270002.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCXY9qsYBDY92YdyfhTuVWrFK0iE7tHWFbADeQWsKhMxJBq9o_LZ9cuoK9sKcvzWwPS50aO0Bm1hM601YYrDuM-yaCgJ8nQVpNQw4m4hz9qdVHXD-p-Hoy-d7uR0XmUQHrwemC3YwtfSU/s320/P1270002.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZfcG6Cq7pYla7D0wdKH0ALSI1zlIsEe1jz803M9T0sssADizTZBzYbeBae1EJM_sFCPoI3vgRVxsXklGRYTGxWRfbaLJFexRxGerMi41KeYRyihmnT-wDc5q0qI330WtbocUEydb_3Sc/s1600/P1270003.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZfcG6Cq7pYla7D0wdKH0ALSI1zlIsEe1jz803M9T0sssADizTZBzYbeBae1EJM_sFCPoI3vgRVxsXklGRYTGxWRfbaLJFexRxGerMi41KeYRyihmnT-wDc5q0qI330WtbocUEydb_3Sc/s320/P1270003.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc_QlU6yVAqEW4YLVgOWoNY5hDDYwI_XwuQ_BYyrN90bXpUc6SE0Sfv3AXVmWTtXgagnV3etBY0LDU7_gEB9TwnykSMPYQP4v_Y2i4H-KjdIylLyILf-UGo4Ptl-3qYR2qKhDyUdNnsK4/s1600/P1270004.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc_QlU6yVAqEW4YLVgOWoNY5hDDYwI_XwuQ_BYyrN90bXpUc6SE0Sfv3AXVmWTtXgagnV3etBY0LDU7_gEB9TwnykSMPYQP4v_Y2i4H-KjdIylLyILf-UGo4Ptl-3qYR2qKhDyUdNnsK4/s320/P1270004.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTflMkjQUzKDnP43EEijokHbnqM3EEQZ0idbLS_SRLmlD8McbcodyZeWrcv6oRI1dtO6-W__YXgtslX9hp602GS57js887VnVG8fqSaRya9dlmKVvdFfOhhNMyaS91rfp2DAEKz7n2wpM/s1600/P1270005.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTflMkjQUzKDnP43EEijokHbnqM3EEQZ0idbLS_SRLmlD8McbcodyZeWrcv6oRI1dtO6-W__YXgtslX9hp602GS57js887VnVG8fqSaRya9dlmKVvdFfOhhNMyaS91rfp2DAEKz7n2wpM/s320/P1270005.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh58rwNE9NGktoUCIBEaHezVdC6uv7AdX_tlBfnSJgpdMXnvZHBvOr90AqlCC3Ixw6rBaWoTFuZbN9gAbC9Y8RYaXi6hCw-NDy4CI2hUDPdCyWVjI7Ts_YPttMy5TQdOz57RgBWUFDVsMU/s1600/P1270006.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh58rwNE9NGktoUCIBEaHezVdC6uv7AdX_tlBfnSJgpdMXnvZHBvOr90AqlCC3Ixw6rBaWoTFuZbN9gAbC9Y8RYaXi6hCw-NDy4CI2hUDPdCyWVjI7Ts_YPttMy5TQdOz57RgBWUFDVsMU/s320/P1270006.JPG" width="320" /></a></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-70871962949737074352011-02-10T11:28:00.001+00:002011-02-10T11:59:13.705+00:00Será a (uma certa) filosofia um entrave ao conhecimento?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcX8XU1wL_LHhR3fHYU-HAvNrB_izrfNzgmsU2L_Dyak3VpLzk-m2x0j7YXJXf7USPg3NtO-16qy1qs6bH-F6GwljHdLMmkiwQuoaSuOgfEUHCRo-E9FG4ZPJvVObSxNWwAI_mWjRCIJY/s1600/George+Berkeley.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcX8XU1wL_LHhR3fHYU-HAvNrB_izrfNzgmsU2L_Dyak3VpLzk-m2x0j7YXJXf7USPg3NtO-16qy1qs6bH-F6GwljHdLMmkiwQuoaSuOgfEUHCRo-E9FG4ZPJvVObSxNWwAI_mWjRCIJY/s200/George+Berkeley.jpg" width="132" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">«Em geral, inclino-me a pensar que a maior parte, senão a totalidade, das dificuldades a que até agora os filósofos têm achado graça, e que bloquearam o acesso ao conhecimento, se devem inteiramente a nós mesmos — primeiro levantamos a poeira e depois queixamo-nos que não conseguimos ver.»</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Berkeley, <i>Princípios do Conhecimento Humano</i> (1710) Introdução, § 3.</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-73104428189500267842011-02-10T11:05:00.004+00:002011-02-10T11:57:29.834+00:00A priori / a posteriori<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRnhqW7IsIYv57FwaI4nF5GoYv-PJMxnSmMiwlJ8qpH74Ebaa9Koc2bqLGjkTnzvSdWw5-EeVGcPWFjTULYaTUHZtwjefnZL0aa-H0yknKzRFL32ZtlhijwSgHaaj0PwW2B9TcFHyMYBQ/s1600/P1270007.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRnhqW7IsIYv57FwaI4nF5GoYv-PJMxnSmMiwlJ8qpH74Ebaa9Koc2bqLGjkTnzvSdWw5-EeVGcPWFjTULYaTUHZtwjefnZL0aa-H0yknKzRFL32ZtlhijwSgHaaj0PwW2B9TcFHyMYBQ/s400/P1270007.JPG" width="266" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1oUxo4GzgohdXAcNWvn9ur2i6wIfWBah3IFCrn9dyVcVqUY2EVE-ll0BpXpwq6Svd9Alz64-E0ep-oLYrA42_pgklPpSBZ60lKiDdnfnfJst4-mRiixEzuv1_rHl9vXAzzFqUmVyrSaA/s1600/P1270008.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1oUxo4GzgohdXAcNWvn9ur2i6wIfWBah3IFCrn9dyVcVqUY2EVE-ll0BpXpwq6Svd9Alz64-E0ep-oLYrA42_pgklPpSBZ60lKiDdnfnfJst4-mRiixEzuv1_rHl9vXAzzFqUmVyrSaA/s400/P1270008.JPG" width="267" /></a></div><div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Para os conceitos "<em>a priori</em>" / "<em>a posteriori</em>" e "analítico" / "sintético" consulta <a href="http://www.defnarede.com/a.html">aqui</a>.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-49139436593843575582011-02-08T10:00:00.004+00:002011-02-24T23:54:56.325+00:00Rir e pensar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha4jXQ2opjcsUqqFH9VwODDl5GwZe2HMf7ADi78kcx68scXQvwepNjeJ_6w5GsxBA0xtwA3hhVR083CY9-5eAJtLXhuSXzibfu9Mz9sxEUfnrt4EAbhBv3OMSFR_G_47kLCsiqrZSl6mE/s1600/achmed.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha4jXQ2opjcsUqqFH9VwODDl5GwZe2HMf7ADi78kcx68scXQvwepNjeJ_6w5GsxBA0xtwA3hhVR083CY9-5eAJtLXhuSXzibfu9Mz9sxEUfnrt4EAbhBv3OMSFR_G_47kLCsiqrZSl6mE/s200/achmed.png" width="188" /></a></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"><tt><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">«<span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">– </span>Is it hard to do philosophy?</span></tt><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">– </span>It's murder, absolutely. I compare it ... if you really want to know how to do it, you get up in the morning, there's a large brick wall and you run your head against that brick wall. And you keep doing that every day until eventually you make a hole in the wall. That's what it feels like.» (John Searle)<u></u></span></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">In </span><a href="http://globetrotter.berkeley.edu/people/Searle/searle-con0.html"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="color: blue; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">John Searle Interview</span></span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span lang="EN-US" style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">: Conversations with History; Institute of International Studies, UC Berkeley, </span><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><a href="http://globetrotter.berkeley.edu/people/Searle/searle-con2.html"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="color: blue;">http://globetrotter.berkeley.edu/people/Searle/searle-con2.html</span></span></a></span></span>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-69678897397315095932011-02-06T23:39:00.002+00:002011-02-10T11:58:49.771+00:00O que é a felicidade? (Em directo.)<div style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span></span></div><div style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmx8p21XfsyHYxHbln092EhtONzh9zf-hcHb02Prt8IkNjPQAncZPXwCkhcO3-Jcncu8aaKIXU0fdSKh1OF1PB3XPeBvEOYKpEgJTNOjQ33wVzfpar2nrLy3R7uxCraiAUHmqdY1KYzK8/s1600/felicidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmx8p21XfsyHYxHbln092EhtONzh9zf-hcHb02Prt8IkNjPQAncZPXwCkhcO3-Jcncu8aaKIXU0fdSKh1OF1PB3XPeBvEOYKpEgJTNOjQ33wVzfpar2nrLy3R7uxCraiAUHmqdY1KYzK8/s400/felicidade.jpg" width="400" /></a></div><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 12pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 11pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></span></span><br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span><br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">«Valorizamos a felicidade por si mesma e não apenas por ser instrumental. Mas o próprio conceito de felicidade esconde algumas armadilhas. Uma concepção subjectivista da felicidade considera que na felicidade só conta o que uma pessoa sente, interiormente, sendo irrelevante a origem do que a faz sentir-se feliz. Isto é implausível, porque, a ser verdadeira, significaria que seria para nós irrelevante se a fonte da nossa felicidade é a realidade ou uma fantasia. Mas isto não é irrelevante para nós: se uma fonte importante da minha felicidade é a amizade dos meus amigos, é para mim muitíssimo relevante se a amizade deles é genuína ou fingida.</span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outra concepção implausível da felicidade é crer que se trata de algo que podemos fazer. Pelo contrário, a felicidade é algo que resulta de muitas actividades a que nos dedicamos, mas não é em si algo que possamos fazer. Porque não é algo que possamos fazer, é também implausível uma terceira ideia comum sobre a felicidade: que é algo que se pode obter fazendo algo momentoso especial, findo o qual ficamos felizes – mais ou menos como alguém que, depois de muito esforço, ganha uma medalha. (…)</span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A felicidade é um valor fundamental para todos nós, mas não se pode ser feliz visando a felicidade. É-se feliz cultivando-se actividades de valor e alargando a compreensão dos nossos talentos e limites. É-se feliz acrescentando valor ao mundo e apreciando o valor que encontramos no mundo. Mas isto não se faz senão fazendo coisas muito diversas – essas coisas banais que todos fazemos todos os dias e que incluem ser médico e curar pessoas, ou ser escritor e contar histórias, ou ser pai, mãe, filho ou amante carinhoso, ou cozinheiro de talento, ou professor paciente. Entregarmo-nos a actividades de valor é uma condição necessária para a nossa felicidade e há muitas actividades de valor. A verdadeira dificuldade é evitar atribuir valor ao que o não tem e não dar suficiente valor ao que o tem. Mas isso é algo que só aprendemos com a experiência, a reflexão e o estudo. Não há receitas mágicas.</span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outra ilusão a evitar quando se reflecte sobre a felicidade é esquecermo-nos de quem realmente somos: mamíferos com certas peculiaridades, e ao mesmo tempo seres cognitivamente sofisticados. Nem deuses, nem bestas – mas um pouco de ambos, num certo sentido. Isto significa que vidas que privilegiem apenas as nossas preferências de mamíferos – a alimentação e o sexo, por exemplo – ou que privilegiem as nossas preferências cognitivas – o estudo e o conhecimento – terão poucas probabilidades de serem realmente compensadoras. Os seres humanos são tão incapazes de uma vida realizada vivendo como porcos como são vivendo como deuses. Daqui conclui-se que a ânsia de imortalidade, que está provavelmente no cerne do impulso religioso de algumas pessoas, pode ser uma tremenda ilusão: sendo nos o que somos – e somos seres intrinsecamente temporais – uma existência sem fim ou atemporal poderá parecer uma promessa paradisíaca, mas é bem mais razoável crer que será, na verdade, diabólica.</span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Precisamos de ser judiciosos na descoberta do valor, e isto implica dar uma grande atenção à realidade do que somos. Mas como sabemos o que é a realidade? Não será tudo mera aparência?»</span></div><div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Desidério Murcho, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Filosofia em Directo</i> (Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011) 61-2.</span></div></div></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-34712786714049912412011-01-31T22:26:00.001+00:002011-02-10T12:21:29.182+00:00Quaestio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn62I5rqBYXs8IBMRmEPAMUJOEBOufvfNeNcYQ6LZnX5tZr9xrWlK8OdInRPxvPk-KuAXRqKo7xxMkNqpSNWdaKbJWcPtUtqKI8jk8JrOTMlxssaYaXojbF2RLmCW_Ifnrpjwb3BcN0gc/s1600/Matrix.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn62I5rqBYXs8IBMRmEPAMUJOEBOufvfNeNcYQ6LZnX5tZr9xrWlK8OdInRPxvPk-KuAXRqKo7xxMkNqpSNWdaKbJWcPtUtqKI8jk8JrOTMlxssaYaXojbF2RLmCW_Ifnrpjwb3BcN0gc/s400/Matrix.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "Georgia", "serif"; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">– </span>Poderemos estar a viver, hoje, sob o efeito de sombras ou aparências, como as que se refere Platão na “Alegoria da Caverna”, ou de ilusões, análogas às provocadas pelo supercomputador no filme “The Matrix”? Porquê?</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-14114307108951959082011-01-26T22:47:00.009+00:002011-01-31T22:37:37.945+00:00Pequeno acontecimento editorial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtUB8fjo69kGRB-trkDySvpowuJXHIUyf-1zuOzc9zvIsIj4fGEeZEkL-k2n5kePi-dDSMYHfldCjJkjP8ncQNo8thf728xo0GQuVK-tVMf8h8cHCCyXL_lJUjZJDDMekYuoQJrl9dWN8/s1600/Filosofia+em+directo.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtUB8fjo69kGRB-trkDySvpowuJXHIUyf-1zuOzc9zvIsIj4fGEeZEkL-k2n5kePi-dDSMYHfldCjJkjP8ncQNo8thf728xo0GQuVK-tVMf8h8cHCCyXL_lJUjZJDDMekYuoQJrl9dWN8/s320/Filosofia+em+directo.png" width="204" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Vem amanhã a acompanhar o Jornal Público, <em>Filosofia em Directo</em>, de Desidério Murcho, uma pequena obra de divulgação da filosofia. A Fundação Francisco Manuel dos Santos, que a edita, tem publicado um conjunto de pequenas obras, que pretendem ser sínteses essenciais, em várias áreas do conhecimento e da acção, para ajudar o grande público a melhor compreender Portugal (uma das que saiu entretanto foi <em>A Ciência em Portugal</em>, do conceituado físico português Carlos Fiolhais).</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Foi entregue ao filósofo Desidério Murcho, professor na Universidade Federal de Ouro Preto, no Brasil, a tarefa de trazer ao grande público o essencial sobre a filosofia. A ideia é «fazer o leitor assistir em directo, pela força do exemplo e sem mediações históricas nem academismos, ao raciocínio filosófico intenso» (p.12). Consequentemente, trata-se de convencer as pessoas de que ter “umas tintas de filosofia”, na expressão do britânico Bertrand Russell, é importantíssimo para uma vida verdadeiramente humana e até mesmo útil para uma vida bem sucedida numa era cada vez mais exigente: «Ter uma formação elementar em filosofia é importante porque nos ensina a pensar melhor sobre problemas de tal modo complexos que a tentação é desistir de tentar resolvê-los» (p.11). Estilo fácil e atraente, embora sem perder o rigor e a contundência do pensamento filosófico, <em>Filosofia em Directo</em> promete ser uma deliciosa introdução à filosofia e ao filosofar, percorrendo, entre outros, tópicos como democracia, liberdade, valor, sentido, realidade, raciocínio e verdade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Membro da direcção da <a href="http://www.spfil.pt/">Sociedade Portuguesa de Filosofia</a>, Desidério Murcho é autor de várias <a href="http://dmurcho.com/livros.html">obras</a>, designadamente sobre o ensino da filosofia, escreve crónicas na imprensa e dirige a revista <a href="http://criticanarede.com/">Crítica</a>. Com raras excepções, em Portugal não abundam títulos deste género assinados por autores portugueses e o país real vive ainda sob o jugo de infundadas ideias feitas sobre o que seja a filosofia e pesados preconceitos sobre a sua utilidade. Por isso, apesar de pequeno, é um acontecimento editorial, pois trata-se de uma importante contribuição de um académico português para o esclarecimento do público não especializado acerca do que é a filosofia e da mais-valia que competências e conhecimentos filosóficos podem trazer a todos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Já não há desculpas para não saber (nem sequer pelo preço: €3,15)! Obrigatório.</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-59187421917606380612011-01-26T19:23:00.010+00:002011-02-06T23:12:16.361+00:00Uma síntese do problema do cepticismo<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCNP6ezXBDnfPZm_m4dqXGTtp0mwY-Se-NNJYiwQlyUpHdismw1Cr_setGIlSLnfs10cqUZZC3NU3QeB6-0Jly7-PIC7aViATjE_TeiKFlajVRX1QSHYs0Pzvwhh0BbmaJJH3dIM15n94/s1600/cepticismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCNP6ezXBDnfPZm_m4dqXGTtp0mwY-Se-NNJYiwQlyUpHdismw1Cr_setGIlSLnfs10cqUZZC3NU3QeB6-0Jly7-PIC7aViATjE_TeiKFlajVRX1QSHYs0Pzvwhh0BbmaJJH3dIM15n94/s200/cepticismo.jpg" width="147" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(<a href="http://ocanto.esenviseu.net/forum/descept.htm">daqui</a>)</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">«A dúvida filosófica surge quando começamos a reflectir sobre como sabemos o que achamos que sabemos. Considere a minha crença de que tenho duas mãos. Porque acredito nisto? Bom, eu sinto-as e vejo-as. Contudo, não poderia a minha experiência ser ilusória? Afinal, os padrões de estimulação eléctrica que estão a ser fornecidos ao meu cérebro pelos meus olhos, ouvidos e outros órgãos sensoriais podiam estar a ser fornecidos por um supercomputador através de um programa de realidade virtual. Se esses padrões de estimulação fornecidos pelo meu cérebro fossem exactamente iguais, as experiências que eu teria em consequência desles presumivelmente também seriam iguais. Eu não conseguiria distingui-las. Aquilo que eu achava ser o mundo real seria na verdade uma complexa ilusão gerada informaticamente, como no filme “The Matrix”. Mesmo o corpo que eu pareceria ter seria virtual.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Então como posso saber que não estou realmente ligado a um computador? Aliás, como posso saber que existe um mundo fora da minha mente? Mas se eu não sei isso, como posso saber que tenho realmente duas mãos? O cepticismo levanta estas dúvidas como desafio filosófico.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">(…)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">A conclusão tirada pelo céptico não é: “não podemos ter a certeza dos nossos juízos quotidianos, embora provavelmente eles sejam verdadeiros”. O céptico salienta que realmente temos poucas razões ou nenhumas para supor que esses juízos são verdadeiros. Parece que, se o céptico tiver razão, não temos mais razões para supor que o mundo que nos rodeia é real do que para supor que é uma complexa ilusão. (…)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">É importante salientar que o céptico não afirma que sabe que ele, ou você, esta a ser enganado por um supercomputador. O que ele diz é que não temos maneira de saber se estamos ou não a viver uma realidade genuína. Para o céptico, a probabilidade de você estar a percepcionar um mundo real não é maior nem menor do que a de ser tudo falso.»</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: right 439.35pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Stephen Law, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Filosofia – guias essenciais</i> (Porto: Dorling Kindersley/Civilização Eds, 2009) 51, 52.</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-90886785565760814702011-01-14T10:30:00.000+00:002011-01-14T10:30:00.537+00:00Condição necessária e condição suficiente<div style="text-align: justify;">«Se <em>p</em> é uma condição necessária de <em>q</em>, então <em>q</em> não pode ser verdadeira sem que <em>p</em> seja verdadeira. Se <em>p</em> é uma condição suficiente de <em>q</em>, então, dada a verdade de <em>p</em>, <em>q</em> também é verdadeira. Assim, saber curvar bem é uma condição necessária, mas não suficiente, para conduzir bem, uma vez que uma pessoa pode saber curvar bem, mas conduzir mal por outras razões. Se não se tiver em atenção a distinção, podem resultar confusões. Por exemplo, a afirmação de que A causa B pode ser interpretada como significando que A é, por si só, uma condição suficiente de B, ou apenas que é uma condição necessária de B (...).»</div><br />
Simon Blackburne, <em>Dicionário de Filosofia</em> (Lisboa: Gradiva, 1997) 75.Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7973125146396257599.post-57865158856544414282011-01-10T10:10:00.026+00:002011-02-10T12:00:02.776+00:00Rir e pensar<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanK2SA4yByzf6c4u3waxgiQf9A8svrnOUB66vCy15tQY1xt_C0NzUckTvrPvW2w4JZ8nuD87H3kzP6SPFCRQiv0ddZQ5wi0iHfAU91OU0_aGa_t1Tr2bwp3pO7tSzUdM9oaI-Ht63iS0/s1600/achmed.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; height: 200px; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; width: 200px;"><img border="0" height="200" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanK2SA4yByzf6c4u3waxgiQf9A8svrnOUB66vCy15tQY1xt_C0NzUckTvrPvW2w4JZ8nuD87H3kzP6SPFCRQiv0ddZQ5wi0iHfAU91OU0_aGa_t1Tr2bwp3pO7tSzUdM9oaI-Ht63iS0/s200/achmed.png" width="188" /></a></div><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Quantos cabelos têm de cair a uma pessoa para poder ser considerada calva?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">(Esta é uma questão à qual subjaz uma falácia: a falácia da anfibologia ou vaguidade. Consiste em jogar com a vaguidade de algumas palavras, levando-nos a crer que se torna impossível chegar a uma conclusão ou que é falsa determinada ideia, quando na realidade pode não ser. Neste caso, faz-nos crer que nunca poderíamos determinar exactamente quando uma pessoa pode ser considerada calva, já que se trata de um conceito vago!)</span></span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com1