segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quaestio

Poderemos estar a viver, hoje, sob o efeito de sombras ou aparências, como as que se refere Platão na “Alegoria da Caverna”, ou de ilusões, análogas às provocadas pelo supercomputador no filme “The Matrix”? Porquê?

29 comentários:

  1. Vivemos num mundo de sentimentos, prazeres e mistérios. Tudo a nossa volta é um mistério. Por vezes questionamos certos aspectos da natureza, para tentar saber melhor como decorrem estes efeitos...tentando conhecer o mundo onde vivemos. Mas raramente nos questionamos se este é o mundo verdadeiro onde nos encontramos?
    Quando olhamos a nossa volta pensamos ver condicionados certos objectos, e tiramos conclusões sobre eles. Sendo essas conclusões apenas meras aparências do objecto, pois o conhecimento sobre esse objecto não é de todo o verdadeiro conhecimento, mas se for o fabricante do determinante objecto a olha-lo e analisa-lo, estará ele mais próximo da verdade/realidade desse objecto do que nós?
    Aos pássaros é atribuído o “dom” de voar, certamente se atirar mos um pássaro de um telhado por exemplo, é lógico que ele bate as assas e voara, pois tem esse atribuo-to próprio dele.
    Nós humanos dizemos que somos livres de fazer o que nos apetece, aprender o que queremos, dizer o que queremos. Perante situações na vida cada ser humano comporta-se de maneira diferente, tem uma personalidade própria de pensar. Mas se nos questionarmos sobre o porque de pensarmos assim e fazer sempre assim, ficaram algumas duvidas por esclarecer.
    A verdade que é exposta no filme “The Matrix” também poderia ser a nossa verdade, estarmos sobre controlo de um super computador, onde o que visualizamos é o que é definido por esse software, tentando nos convencer que o mundo onde estamos é assim cheio de prazeres, sentimentalismo e natureza. Natureza esta que esta limitada.
    Podemos então definir que os pássaros, tendo sempre comportamentos que nos consideramos próprios porque estão qualificados pelos seus instintos pois não possuem racionalidade, estão sim limitados pelo Matrix para nos fazer acreditar ainda mais no mundo da ilusão. Como o objecto que nos pensamos que tem utilidade e que conhecemos é útil, é uma mera ilusão que nos prende ao mundo imaginário.
    Quando alguém fala para nos podemos não identificar a pessoa que nos fala mesmo que a conheçamos essa pessoa. Quando tocamos em algo podemos nos enganar nos aspectos desse algo. Quando vemos pelos nossos próprios olhos algo tendemos em acreditar logo, mas podemos mesmo assim estar a ser enganados, pois para além do que vemos nunca podemos ter a garantia do que vimos concretamente. Mas sendo iludidos por o olhar acreditamos.
    Logo, na actualidade podemos estar sob o efeito de sombras ou aparências, como as que se refere Platão na “Alegoria da Caverna”, ou de ilusões, análogas às provocadas pelo super computador no filme “The Matrix”. Pois a mera certeza do conhecimento que temos é do que vemos, do que sentimos. Mas nada nos garante que estes sentimentos e prazeres não estejam a ser controlados por alguém mais sábio do que nos.
    A visão, é uma mera ilusão.
    Um espelho que se coloque a frente de um bebé de um ano, engana facilmente esse bebé, que sorri para a sua imagem como fosse um amigo que estivesse a sua frente, e não a sua imagem.

    Alzira Borges 11ºA

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  2. Na minha opinião ninguém sabe como estamos a viver! Algumas pessoas podem pensar que a vida esta sob efeitos de sombras e/ou aparências e outras podem pensar que são apenas meras ilusões provocadas por supercomputadores, mas a resposta ao certo talvez ninguém saiba!

    O mundo no qual vivemos pode estar sobre efeito de sombras e de aparências. Nós podemos estar a pensar que tudo o que acontece na nossa vida é verdade quando na realidade estamos a viver num mundo de aparências em que aquilo que pensamos ser algo não passa de uma mera aparência. Eu posso pensar que sei o que é realmente uma pessoa e isso não passar de uma simples sombra, e isso não passar de nada importante. Talvez eu tenha de sair do sítio onde estou e ir para outro para ver o que é realmente o mundo, para saber o que é vida...

    Ninguém sabe ao certo como vivemos, na minha opinião é pelas duas razões mas talvez mais devido às ilusões provocadas pelo supercomputador como pudemos ver no filme “The Matrix “, pois nós podemos estar programados para acreditarmos naquilo que vemos e para apenas termos a capacidade de pensar até um certo ponto quando isso pode nem ser assim. Se somos realmente controlados por um supercomputador, tudo aquilo que nós acabamos por fazer ou tudo aquilo que nós acabamos por conhecer tem um limite. O nosso supercomputador limita-nos até um determinado ponto. O nosso supercomputador está programada para pensarmos só em x e não em y e z. Mas o nosso supercomputador também pode estar programado para gerar ilusões.

    Esta é uma questão muito complicada. Para respondermos a esta questão teremos primeiro de talvez saber o que é conhecimento. Quando realmente sabemos o que é o conhecimento chegamos à conclusão de que ninguém possui conhecimento. Ninguém sabe nada. Conhecimento é poder justificar as nossas crenças, mas quando justificadas as nossas crenças temos de arranjar outra justificação para essa mesma justificação e assim consecutivamente. Vamos chegar a um ponto que não temos nenhuma justificação para alguma coisa, e é aí que chegamos à conclusão que não existe conhecimento.

    Cindy Dos Santos Alves 11A

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  3. Mikael 11ºA Nº15

    Nós, todos os dias, realizamos uma série de acções que são básicas para nós...fazemos e seguimos em frente, ignoramos...mas e se questionarmos isso??
    Será que tudo o que fazemos seja uma mera ilusão?
    e o nosso saber..será que é o saber certo? o saber verdadeiro?
    Segundo o filme ''The Matrix'' e a ''Alegoria da Caverna'' de Platão e também com as minhas próprias reflexões, podemos chegar a uma fase, a uma teoria, que nós seres humanos vivemos todos os dias, uma enormíssima retórica e nós não nos apercebemos disso. Só conseguimos ver sombras e ecos do que é a pura verdade, devido à retórica e a nós próprios também...devido às nossas emoções, paixões e ignorância.
    Isso tudo faz-nos esconder dentro de uma pequena caverna, isolados permanecendo numa vida de fé, ilusão e opinião.
    Desde a 1ª vez que esta situação foi posta em questão até ao dia de hoje ainda não se sabe ao certo a resposta para esta grande questão, talvez a maior questão de elas todas e existem muitas teorias a respeito disso:
    O dogmatismo que defende a apreensão absoluta da realidade pelo sujeito, esta posição assenta numa total confiança na razão humana.
    Depois há o cepticismo que defende a impossibilidade do sujeito apreender a realidade. Esta posição desconfia na razão humana. O cepticismo na sua foram mais radical, foi defendido pela primeira vez por Pirrón (c.270 a.C). Este filósofo afirmava que de nada podemos afirmar ser verdadeiro ou falso, belo ou feio, bom ou mau.Apenas nos resta suspender todos os juízos ( Bloquear a mente)
    Finalmente também há o criticismo que defende a possibilidade de se aceder à verdade, mas não aceitar sem criticar as afirmações da razão e o pragmatismo ao subordinar o conhecimento a uma finalidade prática, afirma que a verdade é tudo aquilo que é útil e eficaz para a vida humana. Desta forma aproxima-se do cepticismo, na medida que relativiza o conhecimento.
    Isto tudo são teorias mas não respostas certas...por isso este problema pode nunca ser resolvido, mas eu tenho uma teoria também, pode ser parva, estúpida, mas também pode ser uma boa resposta...
    Para mim a verdadeira realidade é o Sonho! Nós no nosso estado normal, só usamos 10% do cérebro, mas ao sonhar utilizamos mais, ou até todo, o que faz com que nos embarcamos para a verdadeira realidade, o sonho faz com que o nosso consciente saia de um oceano de inconsciência e nos leve ao que é puro...a Verdade! Metaformicamente podemos dizer que a nossa consciência é um pequeno pau a boiar num oceano da inconsciência.
    Ou nós precisamos da ilusão para viver, para nos protegermos talvez da dor do que é a realidade....nao se sabe ao certo....
    Para terminar devo dizer que este filme e mito de Platão faz-nos pensar e bem... e nós começamos a escavar um buraco para tentar chegar ao ouro...ao conhecimento...à verdade...à liberdade.
    :)

    P.S. Stor desculpe por ter escrito tanto! xD

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  4. Luís Carlos Lopes Teixeira 11ºA Nº13
    Na minha opinião podemos estar a viver sobre o efeito de sombras e ilusões! Ainda que as nossas acções não estejam a ser controladas por um supercomputador como o do “Matrix” ao que tudo indica, o ser humano contudo não se apercebe que muitas das vezes vive na ignorância.
    Como foi referido no filme “The Matrix”, a ignorância é felicidade, pois um ser humano que viva nesse estado, não possui conhecimento suficiente para saber que se calhar não sabe nada.
    No caso da “Alegoria da Caverna” de Platão, é possível constatar que as pessoas que se encontrão fechadas na caverna desde que nasceram, possuem uma grande ignorância, fruto do facto de nunca poderem ter tido a oportunidade de efectuar o acto de conhecer coisas novas para além das que havia na caverna. Contudo, quando uma dessas pessoas se libertou e saiu fora da caverna não conseguiu abrir logo os olhos, devido ao facto da luz ser muito intensa, o que podemos constatar de um modo um pouco análogo que quando essa pessoas foi iluminada pela luz do sol, a sua mente foi também iluminada, pois as suas crenças, uma pouco dogmáticas, foram postas em causa e aquela pessoa pode aperceber-se que as suas acções ainda que não estivessem a ser controladas directamente por um supercomputador (essa pessoa não estava a ser controlada por um computador, mas sim por humanos que a colocaram lá), as suas convicções, essas não passavam de ilusões.
    Podemos também comparar a atitude da personagem “Neo” do filme com aquela pessoas que saiu da caverna, pois tal como essa pessoa, o “Neo” quando se apercebeu na pare final do filme que tinha vivido numa vida de ignorância (quando se encontrava nos casulos), não quis regressar, mas quis antes ficar no “Matrix”, pois ele apercebeu-se que quando uma mente se abre para novas ideias, nunca mais regressa ao seu estado original.
    Em jeito de conclusão, o ser humano na sua vida deve pensar em perguntas “O que é o conhecimento?” e “Será que estamos a ser controlados nas nossas acções, e que isto tudo não passa de uma grande ilusão?”, mesmo que não seja possível obter respostas concretas, porque assim mesmo que nunca soubermos a resposta, sabemos que não nos contentamos em viver permanentemente num estado de ignorância.

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  5. Penso que vivemos num mundo controlado por um supercomputaor como no filme “The Matrix”. As pessoas por vezes quando se sentem tristes quer seja por problemas económicos ou amorosos dizem e pensam que são uns infelizes . E eu pergunto será que essas pessoas sabem o que é a infelicidade ? O que é realmente estar infeliz ? Será verdade que é possível estar infeliz ? E se estivermos a ser manipulados por um supercomputador como num jogo? Será que temos mesmo coração ? Quem nos garante isso ? Pode apenas ser um supercomputador que comanda os nosso olhos e dedos e manda mensagens para o nosso cérebro e nos fazer crer temos mesmo coração .
    O problema do cepticismo é muito bem pensado , pois sem dúvida que nós não podemos ter a certeza de nada , podemos pensar e até jurar que conhecemos o nosso corpo , mas alguém sabe o que é conhecer ? Quem nos dá a certeza que não estamos inseridos numa realidade virtual ?
    Provavelmente temos coração e conhecemos o nosso corpo mas não o podemos afirmar porque provavelmente o nosso também pode ser um ficheiro dum programa de um supercomputador.

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  6. Respondendo à primeira questão monossilabicamente diria, sem hesitar, “sim”. De facto penso que vivemos, muito por culpa dos avanços tecnológicos, da insatisfação intrínseca que o Homem possui em não se contentar com o que tem e querer sempre ser melhor que os outros e também pela passividade mental a que nos sujeitamos, deixando cair a nossa mente num fleumatismo doentio que se torna companheiro vital de tanto ser requisitado.
    Na minha opinião há três factores que contribuem de forma colossal para visionamentos boicotados: a religião, a política e a publicidade. A religião foi criada pelos medos humanos relacionados os procedentes do término vital e é este o principal motivo de manipulação usado pelos pseudo-mensageiros da mensagem divina. A política utiliza o que se pode chamar um sofisticado sistema retórico que possui um elevado sucesso pois torna-se muito credível face às divergências encontradas entre os discursos e as acções. A publicidade torna-se cada vez mais um meio de divulgação enganosa que é feita com pormenores pensados para iludir e convencer.
    A religião cristã, falo apenas desta por não conhecer costumes de outras, tem um hábito que vai condiciona um ser humano antes deste o ser. Uma vez escrevi um poema intitulado “O Homem” que começa da seguinte forma: “O animal nasce,/ o Homem faz-se”, ou seja, nós nascemos animais e somos formados seres humanos através da educação e da vivência em sociedade e do meu ponto de vista não se pode adquirir requisitos suficientes para tal estatuto na idade com que as crianças são baptizadas, quando elas dão o seu primeiro inconsciente e imemoriável passo na família de Deus, por isso digo que estas são condicionadas antes de serem humanas. Como não bastasse já, muitas destas crianças seguem o seu caminho na peregrinação para a ascensão ao Céu através da catequese onde aprendem a acreditar num Deus. A religião utiliza uma presença divina e um medo pelo desconhecido com que levam mentes passivas a uma vida dedicada ao Senhor fazendo com que estas não vejam para além daquilo a que se submeteram.
    A política com o seu sistema retórico acaba por ser algo que até os próprios actores ludibria, ou seja, muitas vezes os ditos políticos não passam de seguidores que não fazem a mínima ideia dos ideais que defendem, o que torna os sistemas políticos hodiernos muito híbridos ao ponto de ser difícil de discernir o tipo de política praticado. Na política as pessoas são levadas a acreditar, excepto aquelas que já possuem uma capacidade natural de devoção a um partido pois estas já acreditam em tudo o que for feito, em cenários muitas vezes impossíveis e raramente materializados. O interessante é que isto já acontece há muitos anos e continua a dar resultados, ou seja, existe uma obscuridade mental tal que não há força para sequer se procurar a claridade.
    A publicidade torna-se talvez o método que mais afecta as pessoas pois é onde o tiroteio é maior e porque actua nos aspectos animais de um indivíduo e leva-o a esquecer-se da sua parte racional, ou seja, conduz ao fleumatismo mental supracitado.
    Todas estas formas de manipular a mente humana são obstruções e limitações que nos impedem de visualizar com clareza. O interessante é que é o Homem que atraiçoa a visão humana, ou seja, somos traídos e vendados por nós e por outros como nós e nós também traímos e vendamos e isto já ascendeu a um patamar em que é difícil não se ser alvo de nenhuma destas balas.

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  7. No período de tempo em que realizei esta reflexão li um entrevista feita pelo Jornal de Leiria a Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, poeta e filósofo, o qual, quando lhe perguntaram qual era o papel de Deus na sua vida ele, respondeu “Acredito tanto em Deus, como no diabo. São ambos invenções do Homem. É por isso que só acredito no Homem. Sou completamente antropocêntrico. O Diabo apresenta-se como um lado mais natural e consentâneo do Homem e Deus, como diz Feuerbach, é a projecção de todas as grandes qualidades que não temos: justiça, bondade, omnipotência e omnipresença. Allistar Crawley (que se correspondeu com Fernando Pessoa) dizia mesmo: “there is no god, but man” (não há outro Deus que não o Homem). É mesmo nisso que acredito.” Eu concordo com o Fernando, acredito no Homem por isso é que penso que o Homem surge como o seu próprio mal e para tal não procura cura. O Homem evolui e traça o seu próprio destino, estando muitas vezes a evolução associada à negridão negativamente evolutiva das visões que vão surgindo. Foi na tentativa de fugir a ideias já formados e muitos deles deformados que surgiu a arte de livremente pensar e de procurar caminhos e visões: Filosofia.
    Deste modo fino a minha reflexão acerca das prisões que nos cercam. Deixo apenas mais o poema que referi, quando discorri sobre a religião, como complemento.

    O Homem
    O animal nasce,
    O Homem faz-se
    E tão depressa desfaz-se,
    Que os resquícios da passagem,
    Erodidos pela bagagem
    Pesada do animal,
    Trazem a maldição.

    Procuram algo altruísta,
    Venerando do egoísta
    Sua sorte e coragem,
    Querendo não outro ser
    Senão aquele que há-de ver
    A fúria nas suas mãos,
    Partilhando com os irmãos
    O fútil que já não quer,
    Não vendo que tal gesto dele
    Só mostra o quão cruel
    A sua partilha é.

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  8. Sim podemos. Todos nós, desde cedo, somos habituados a aceitar uma determinada realidade na qual supostamente estamos inseridos, tal como os prisioneiros da caverna que só viam sombras e a humanidade que no filme vivia no mundo ilusório do Matrix. Esta suposta realidade é constituída por ilusões, opiniões, crenças e paixões que sempre foram aceites pela grande maioria sem serem questionadas, na caverna eram constituídas pelas sombras que os prisioneiros viam e no filme eram os programas que criavam a realidade virtual. Quando alguém decide, como o prisioneiro que se liberta ou o Neo questionar esta realidade, nadando contra a maré, facilmente descobre que muitas destas ilusões, opiniões,crenças e paixões não passam de uma sombra da verdadeira realidade que está como que "escondida" por detrás de todas essas ilusões. Esta suposta realidade está errada pois é apenas o reflexo da verdade, a imagem que a grande maioria constrói da verdade.
    Esta falsa realidade é transmitida através da retórica, isto é, esta suposta realidade é imposta ao auditório invocando a sua ignorância. Se formos a ver tanto na "Alegoria da Caverna" como no filme "The Matrix" os prisioneiro (literalmente o que acontece na caverna e não literalmente acontece no filme) estão convencidos de que a verdadeira realidade são estas ilusões que vão passando de uns para os outros sem se questionarem sobre o que será a verdadeira realidade.
    Também hoje em dia, tal como no filme e na alegoria, todos nós vivemos numa suposta realidade que nunca questionamos e que nos é imposta através da retórica sem se quer darmos por isso, pois não pensamos nem no que é a realidade nem naquelas realidades que nos são "impingidas". Estas realidades ilusórias são nos transmitidas através de toda a sociedade idealista, da televisão, da internet e de tudo aquilo que utiliza retórica para entrar em contacto conosco.
    Concluindo: também nós, tal como os prisioneiro da caverna e a humanidade retida no matrix, estamos vivemos uma realidade ilusória construída de ilusões, crenças e paixões que nos é transmitida pela sociedade e meios de comunicação através da retórica.

    Ana Rafaela
    11ºC nº2

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  9. Tudo o que sabemos são apenas hipóteses, pelo que não podemos ter a certeza absoluta das nossas opiniões, nem dos nossos juízos, que nós tomamos como certos, mesmo que estes sejam provavelmente verdadeiros. Assim, aquilo que eu acho que é o mundo real, pode não passar de uma simples ilusão.
    Os seres humanos em geral são como os prisioneiros da “Alegoria da Caverna”, pois desde que nascem vivem num mundo de sombras, de aparências (diferente da verdadeira realidade). Estes seres humanos deixam-se facilmente iludir, vivendo uma felicidade momentânea, que não é real, uma felicidade ignorante, vivendo com comodidade, sem fazer esforços para alcançar possíveis objectivos. As suas opiniões são conduzidas apenas pelas suas emoções e pelas suas paixões, pelo apetite do seu corpo.
    Se pensarmos, quantas pessoas, quantas mentes brilhantes chegam a morrer sem nunca se terem questionado, sem nunca terem procurado o conhecimento, sem terem contemplado a realidade? E quantos de nós, se nunca passássemos agora pela escola, se não tivéssemos Filosofia, quantos de nós morríamos sem nunca termos sequer pensado que aquilo que estamos a viver pode ser apenas uma ilusão?
    Mas quem tem a possibilidade de sair deste mundo de aparências, de descobrir afinal o que é a realidade, de questionar aquilo que até agora toma como certo? Esta libertação não é possível sem existir o conhecimento, pois é a busca deste que permite que os seres humanos se libertem do mundo ilusório, de um mundo que está preso à ignorância. Assim como o Neo, no filme “The Matrix” e o prisioneiro que sai da caverna, na “Alegoria da Caverna” que foram os únicos a questionarem-se da verdadeira realidade, que foram os únicos que tiveram a iniciativa para se tentarem libertar, para tentarem alcançar o verdadeiro conhecimento, reconhecendo que até ali tinham vivido num mundo de aparências e ignorância.
    Depois desta libertação, quando tentam libertar os outros prisioneiros, os ignorantes, aqueles que não querem ver, estes ridicularizam-nos, pois estão habituados a acreditar nas suas crenças, como sendo verdadeiras. É como por exemplo, se nós perguntarmos a uma senhora que vive no mundo das aparências, que nunca procurou o conhecimento, se alguma vez se questionou que aquilo que sabe, aquilo que vê, é a realidade, decerto que esta senhora nos chamava malucos, e nos mandava calar imediatamente, pois estava a por uma hipótese que ela nunca queria ouvir e nem sequer queria imaginar.
    Assim, podemos ver que tudo são possibilidades. Como posso eu saber se agora estou mesmo sentada na minha secretária a responder a esta Quaestio? Ou como posso eu saber se estou a ser controlada por um supercomputador, como no filme “The Matrix”? Podemos admitir esta hipótese como uma forte possibilidade. Esta possibilidade parece pôr em causa tudo aquilo que eu penso que é verdadeiro, e eu não posso excluí-la, pois “não temos mais razões para supor que o mundo que nos rodeia é real do que para supor que é uma complexa ilusão”.
    Ana Rita 11ºD

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  10. Por vezes o conhecimento que nós julgamos saber nem sempre tem crenças que o justifiquem, ou nem sempre aquilo que foi determinado como verdadeiro o é relamente.
    O mundo que nos prececionamos pode nao ser realidade como nós julgamos que é, podemos estar a ser manipulados e tudo o que ouvimos e vemos ser uma mera ilusão, tal como aontece no "The Matrix" ou na "Alegoria da caverna".
    Mas por uma lado também é dificl realmente saber em que mundo vivemos, ou seja se tudo o que vemos, ouvimos é ou não verdade.
    Para nós acreditarmos que o mundo que nos vivemos acreditamos que tudo o que fazemos, ouvimos, dizemos, vemos, é feito pela nossa propria vontade, real, e justificamos isso pelas nossas crenças que por sua vez teremos que justificar por outras crenças, e assim continuamente, como tal as nossas crenças não são justificadas.
    Ou seja é povavel que possamos ser vitimas de um mundo que é uma ilusão, mas nós nunca o chegamos a saber concretamente, porque nunca chegamos a adquirir o verdadeiro conhecimento, a "saber que sabemos".

    Por isso na minha opinião tem tando de provavel como de improvavel vivermos sobre a forma de sombras ou de ilusões provocados por um supercomputador!

    Ana Nunes 11ºA Nº3

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  11. Eu acho que, de facto, estamos a viver num mundo dominado por ilusões e vivemos na presença de sombras e só porque não queremos ver a luz.
    Considero também que a partir do momento que nascemos, vivemos num mundo de sombras porque ficamos limitados a ver o que é de facto a realidade, não temos bem percepção dela. Como alguém disse: "nascemos na prisão e libertamo-nos quando adquirimos a verdade", o problema consiste em saber se algum dia nos vamos chegar a libertar, porque num mundo de facilitismos, penso que encontrar a verdade e descobrir o que de facto é real e verdadeiro não nos interessa ou não nos convém.
    uma coisa que eu considero que também nos ilude um pouco e ao qual somos muito ligados, não por querermos mas sim porque somos quase que obrigados, é a publicidade e a televisão em si, que nos transportam para um mundo que não é o nosso, onde tudo de bom acontece, e as coisas aparecem sempre bem feitas, quando na realidade os finais (quase) nunca são felizes.
    Acho também que nós passámos a vida inteira aprisionados a todas as ideias pré-feitas, a mitos e coisas do género que nos impedem de ver a realidade, ficamos aprisionados à comodidade e uma felicidade momentânea que é muito mais simples de ser conseguida o que também nos remete para as sombras.
    E se pegarmos no exemplo do prisioneiro que volta á caverna depois de ter subido à luz do dia, que como não consegue ver bem devido à obscuridade é ridicularizado pelos restantes e poderiam mata-lo, nós, hoje em dia, temos medo de arriscar e de fazer o que o prisioneiro fez, com medo da dor e principalmente da mudança, porque se desde sempre estivemos habituados a uma coisa e depois nos dizem que afinal não é assim, vai custar, então e atendendo que felicidade é ignorância, preferimos ser ignorantes toda a vida, até porque essa mudança podia implicar a ruina da vida que sempre conhecemos como no caso dos prisioneiros da caverna da Alegoria da Caverna.
    Portanto, penso, obviamente, que estamos presos a ilusões e sombras como sempre estaremos, o ser humano é um ser comodista e enquanto assim for o Matrix e a Alegoria vão servir para explicar na perfeição a condição humana perante o conhecimento.
    Patrícia 11ºD

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  12. Algumas pessoas pensam que sim, outras pensam que não, algumas querem acreditar que sim, outras querem acreditar que não, algumas não podem responder e outras não querem responder...

    David Ferreira N°4 11°D

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  13. Na minha opinião nós neste momento não estamos sob o efeito de sombras e aparências. Cada ser humano possui livre arbítrio que serve para um ser humano poder tomar as suas próprias escolhas...sem ser influenciado ( pensar por si próprio)! No filme o NEO possuiu livre arbítrio em escolher se queria pertencer ao matrix ou voltar a ser um ser humano normal como era antes! Se nós estivesse-mos sobre o controlo de um supercomputador como no filme " The Matrix" nós não possuiria-mos livre arbítrio, logo era como se não pensasse-mos. Se não pensasse-mos logo não existia-mos...por isso se nós temos a capacidade de tomar as nossas decisões não estamos a ser controlados por um supercomputador. Tiago 11 D

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  14. Algumas pessoas pensam que sim, outras pensam que não, algumas querem acreditar que sim, outras querem acreditar que não, algumas não podem responder, outras não querem responder...

    David Ferreira N°4 11°D

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  15. A "Alegoria da Caverna", de Platão, descreve uma situação hipotética onde é tudo uma metáfora. Diz que estão numa caverna prisioneiros que estavam virados para a parede e não se podiam virar. Do modo que estavam só viam as sombras dos animais que passavam ao pé da entrada da caverna pois estava uma fogueira que permitia que isso acontecesse e também ouviam os ecos, estando isolados do resto do mundo. Uma vez, um prisioneiro conseguiu-se soltar e sair da caverna e teve muita dificuldade em olhar devido à imensa claridade. Depois de ter observado esse mundo, voltou para dentro da caverna para contar e soltar os outros prisioneiros, mas eles recusaram e tentaram-no matar. Tudo nesta história é metafórico, estando completamente relacionada com a questão da existência de conhecimento. O "Matrix" tem a mesma ideia base que a "Alegoria da Caverna" e podemos até dizer que o "Matrix" é uma versão recente da "Alegoria da Caverna". Apesar da "Alegoria da Caverna" ter mais de 2300 anos continua a ser muito recente e insere-se muito bem na sociedade de hoje em dia, tal como se inseria à 2300 anos atrás. As pessoas dentro da caverna representam as pessoas que vivem num mundo de ilusões, de aparências, tendo medo da Verdade, eliminando quem defenda a sua existência como se vê na "Alegoria da Caverna", sendo a Caverna o mundo de ilusões, ou seja, de sombras e ecos, e o exterior da Caverna a realidade. O prisioneiro que se soltou é um filósofo pois procura a verdade e defende a sua existência, sendo o único a admirar a realidade, sendo na Alegoria de Platão o Sol, e pensar de forma a alcançar do verdadeiro conhecimento. Ao voltar à caverna o prisioneiro que se libertou é ridicularizado pelos outros pois tentou-os libertar e guiar para o caminho do conhecimento, mas estes preferiram a "obscuridade" e tomaram as sombras como a realidade. Na nossa socieade é isto mesmo que acontece. A meu ver, só vive no mundo de ilusões quem não quer ver a verdadeira realidade. Tal como na "Alegoria da Caverna" existem dois tipos de pessoas: as pessoas que vivem num mundo de ilusões e as pessoas que vivem no mundo real à procura do conhecimento. No nosso dia-a-dia somos "bombardeados" com ilusões como por exemplo da televisão e as publicidades em que parece um mundo perfeito e também as pessoas que são influenciadas e determinadas por isso, não tendo de certa forma liberdade. Mas essas ilusões não derivam só daí, pode ser por experimentar certas coisas, como droga e afins, que lhe dam um prazer momentâneo, que "faz parecer" que tudo é perfeito. Mas nem todas as pessoas são víctimas desse mundo de ilusão pois libertam-se desse mundo e seguem o mundo da realidade e da verdade. As pessoas são mais atraídas pelas ilusões pois é uma felicidade e prazer fáceis de se obter, ou seja, é comodo, mas apenas momentâneo, sendo iludidos pelas aparências. Já a realidade é caracterizada pelo esforço para obter o conhecimento, a verdade, e ao se obter isso também temos prazer tal como no mundo de aparências, só que esta felicidade é real e duradoura.

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  16. A frase “será que estamos a viver num mundo de ilusões”, pode-se afirmar que é a questão que abordamos nestas últimas aulas de filosofia, após o visionamento do filme “ The Matrix” , juntamente com a análise da “Alegoria da Caverna” de Platão.
    Segundo o filme que vimos na aula de filosofia, o Matrix era um supercomputador que gerava ilusões, que originava um mundo de aparências nos seres humanos virtuais, ou seja estes seres humanos virtuais conheciam uma realidade diferente da verdadeira realidade, tal como acontece na “Alegoria da Caverna” de Platão em que uns prisioneiros estavam presos numa caverna de tal forma que só conseguiam ver as suas sombras e ouvir os seus ecos, ou seja também conheciam uma realidade diferente da verdadeira realidade que é a ilusão.
    Com todas estas possibilidades aqui postas em causa não podemos afirmar que aquilo que sabemos, ou seja as nossas crenças, seja realidade, pois neste momento eu posso estar a ser controlado por um supercomputador, em que fui programado para dever fazer o que o professor de filosofia me mandou, sendo este também programado, para me mandar fazer este trabalho. Se eu quiser posso não fazer o trabalho de filosofia, mas se não o fizer não tenho culpa, pois fui programado por este tal supercomputador, acarretando depois com as consequências que ele me impôs, como por exemplo o professor de filosofia dar-me uma má nota, ou podendo também ocorrer o contrário em que o professor de filosofia me daria uma alta nota, pois foi programado para isso. Se calhar na realidade dele, no que ele sentia, ele não sabia que estava programado, mas poderia por exemplo ter uma certa pena de mim, dando-me assim uma alta nota, e ao mesmo tempo ele e eu sermos iludidos por o supercomputador, e acreditarmos que aquilo era a realidade, pois o sentimento de “pena” na verdade existe, se é que existe a verdade.
    É muito difícil saber se na verdade estamos a ser controlados por algo como um supercomputador, ou não, sendo assim esta dúvida pertinente para muita gente.
    Paulo Alvadia 11D

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  17. Na minha opinião, a sociedade actual vive sob o efeito de aparências, aparências essas que podem ser comparadas às sombras (na “Alegoria da Caverna”) ou aos programas/software (no filme “The Matrix”).

    A “Alegoria da Caverna” foi escrita por Platão e é uma exemplificação de como nos podemos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona, através da luz da verdade. Esta retrata um conjunto de seres humanos, que vivem no interior de uma caverna acorrentados e forçados a olhar só para a frente. Através da luz que vem de fora, conseguem ver sombras nas paredes e ouvem sons, que pensam ser falas das mesmas. Ora, eles pensam que isto é a realidade pois desde sempre, só viram aquilo e é naquilo que eles acreditam como sendo verdadeiro. Até que num determinado dia, um dos prisioneiros consegue-se libertar, vendo assim o mundo real, com alguma dificuldade obviamente e percebendo que todas aquelas sombras eram somente de homens como eles. Posto isto, se ele voltasse à caverna para libertar os restantes prisioneiros, provavelmente ia ser morto pois eram postas muitas coisas importantes em causa. Tudo aquilo em que eles acreditavam até ao momento e tudo aquilo que tomavam como verdadeiro, ser desmentido e ser dito como falso pelo “iluminado” (prisioneiro libertado) era um choque. Muita coisa era posta em causa e todas as suas crenças eram destruídas.
    No filme “The Matrix” passa-se exactamente o mesmo. A Matrix é um mundo de sonhos gerado por um supercomputador, o qual, por meio de uma realidade virtual, simula o nosso mundo como é hoje. Os seres humanos viviam uma realidade ilusória, de aparências. Os outros seres humanos libertados e autónomos viviam na única cidade humana real, Zion.
    Facilmente podemos então estabelecer uma comparação entre a “Alegoria da Caverna” e o filme “The Matrix” e compreender a linguagem metafórica, que nos leva a pensar sobre a nossa vida e sobre a sociedade actual. Podemos assim estabelecer ligações entre as duas: Matrix – Caverna, programas – sombras, seres humanos – prisioneiros, Neo – o “iluminado” (o primeiro prisioneiro que se libertou), Morpheus – prisioneiro que volta à caverna, entre outras.
    Mas afinal qual é a relação que existe com a maneira de viver, com a sociedade actual? No meu ponto de vista, Platão queria dizer que nós, seres humanos, somos prisioneiros, na medida em que desde que nascemos vamos absorvendo ideias, que nos são incutidas, pelos nossos pais e por todas as pessoas que nos rodeiam, ou porque pensamos que são as mais correctas, e assim talvez vamos criando uma aparência, uma imagem, pouco a pouco, do que verdadeiramente é o mundo real.
    Tal como na Alegoria da Caverna e tal como no filme “The Matrix”, somos como os seres humanos iludidos e manipulados pela aparência. Muitas das informações que nos chegam são manipuladas como por exemplo pelos media, ou mesmo pelo governo e além disso, muita informação é-nos omitida. Ou seja, estamos a ser “controlados” e nenhumas das nossas decisões são tomadas por nós mesmos, de livre vontade, simplesmente porque queremos.

    Em suma, é por tudo isto exposto anteriormente, que afirmo que enquanto estivermos numa ilusão somos facilmente controláveis e manipuláveis através destes programas “camuflados”, nesta enorme Matrix e sim, é possível que seja isto que estamos a viver.




    Fontes:
    www.wikipedia.com

    Daniela nr.8 11ºC

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  18. Independentemente da fonte dos estímulos, eles chegam-nos ao cérebro através impulsos depois de "sentidos" pelos sentidos. O que é a realidade? No meu ponto de vista, a realidade é o conjunto de todos os impulsos que recebemos e percepcionamos através dos sentidos. No caso dos humano conseguimos percepcionar cinco realidades que são os cinco sentidos. A realidade é partilhada pelos indivíduos que partilham os mesmos sentidos. Quanto maior a nossa afinidade para esse sentido, maior é a nossa noção dessa realidade. Por exemplo, partilhamos uma realidade com o cão já que ambos nos podemos ver, ouvir, sentir, cheirar e até provar. No entanto, o cão tem muitas mais aptidões olfactivas do que visuais, pelo que vislumbra melhor essa realidade. É um conceito um pouco complexo, pois leva a um problema. Então se nós, por exemplo, não conseguimos ver a radiação emitida na zona infravermelha (Apenas temos receptores visuais para a radiação visível) Supostamente não devíamos estar nessa realidade. No entanto emitimos radiação infravermelha e um animal (como o morcego penso) que tenha sensores para ver infravermelhos vê-nos nessa realidade apesar de não fazermos parte dela. Então, fazemos ou não fazemos parte dessa realidade? É muito simples. Partindo deste conceito a realidade é subjectiva aos estímulos recebidos por cada um e pode ou não ser partilhada. Por exemplo, o golfinho através do sonar (som) cria mentalmente uma visão do fundo marinho que provavelmente iria ser idêntica à nossa se o pudéssemos iluminar. Um objecto pode então ser real ou inexistente dependendo dos sensores do indivíduo da realidade. Como seres humanos, com inteligência exclusiva na Terra penso que poderíamos definir realidade como tudo aquilo que nós humanos poderemos percepcionar através dos sentidos criando uma super realidade comum. E voilá, nasceu o conhecimento! Assumindo tudo o que os nossos sentidos percepcionam como parte da realidade, então tudo o que nos chega ao cérebro é informação, é conhecimento da realidade. Sendo assim quando vemos uma imagem que por ilusão óptica mexe, devemos admitir o facto de ela se mexer como real. E quem pode contra argumentar que ela não mexe, se os meus olhos constataram esse facto? Os outros quatro sentidos! Por isso lhe chamei super realidade, os cinco sentidos humanos agem em convergência, se a visão diz que não mas os outros quatro me dizem o contrário, então devo admitir que de facto a imagem não se mexeu. Pondo isto desta forma, posso dar a certeza que esta realidade existe pois estou a constata-a, e mesmo que toda esta realidade seja apenas uma sombra na caverna ou um software de computador, ninguém tem o poder de dizer que é menos real que outra qualquer realidade.

    João Morais 11ºD nº14

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  19. Na minha opinião a resposta a este Quaestio é afirmativa.
    Estas sombras e aparências são em parte criadas pelo consumismo. Esta palavra é talvez uma das mais importantes na nossa sociedade actual, ela domina a nossa sociedade e pode ser comparada ao programa Matrix uma vez que é devido a ela que ilusões são geradas e criadas na mente das pessoas e estas ilusões são criadas pelo marketing que é exactamente igual aos impulsos nervosos transmitidos pelas maquinas para os cérebros dos seres humanos para criar as sensações e emoções, o marketing que tem vindo a desenvolver-se ao longo dos tempos tem como função influenciar-nos, conduzir-nos sem que nos mesmos nos apercebamos, controla-nos. Se não temos verdadeiro conhecimento e porque fomos controlados, se somos controlados é porque fomos iludidos, se fomos iludidos é porque não vivemos a realidade, se não vivemos a realidade não temos verdadeiro conhecimento logo tornamo-nos prisioneiros, tal e qual como os referidos por Platão na “Alegoria da caverna”, apenas capazes de ver sombras da realidade e ouvir ecos da verdade, somos mentalmente formatados pelo marketing o que nos deixa incapazes de distinguir realidade de ilusão. Dado que somos seres humanos o caminho que optamos por seguir é sempre o do facilitismo que nos é apresentado pelo consumismo, onde nada é difícil ou exige qualquer esforço, tal só é possível num mundo ilusório sendo esse o mundo que escolhemos e no qual rejeitamos qualquer realidade, acabamos assim por colocar uma mascara em nos mesmos sem que nos tenhamos dado conta e passamos a viver com um conhecimento aparente, que na verdade não o é, dado que todo ele é falso, logo não é conhecimento. Devido a isto na actual civilização é possível encontrarem-se seres humanos que nunca o foram, isto é, pessoas que durante toda a sua vida viveram nas sombras da realidade, nunca demonstraram o que eram verdadeiramente, ostentando estas mascaras de ignorância criadas pelo ser humano com a ajuda das empresas de marketing que podem ser comparadas as maquinas do filme “The Matrix” que utilizam os seres humanos com meio e não como fim.

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  20. Sim, porque se nós estivéssemos realmente a ser controlados por um "supercomputador"(como o do matrix) ou qualquer outra coisa com a mesma função, tudo aquilo que descobrimos até hoje seria porque essa coisa queria que nós descobrisse-mos, e se nós até hoje nunca encontra-mos nada que provasse que somos controlados por um ser/coisa superior seria porque ela não queria que nós soubesse-mos. Nunca podemos ter nada como certo por muito que o mundo em que vivemos nos pareça 100% real. Será que se estivéssemos a ser controlados o mundo não nos parecia 100% real à mesma? E para esta questão não vale uma resposta como: Ninguém nos controla porque sou eu que decido o que faço, ou ninguém nos controla porque nunca vi nada em contrário. A pergunta é se é possível, e neste mundo tudo é possível, porque se é possível um computador controlar-te através dos impulsos eléctricos do cérebro, então também e possível que as ideias que te chegam ao cérebro não sejam tuas, então também é possível que vivas num mundo de ilusões, também é poss´dvel que a terra não exista, que não passes apenas de dados de um jogo de computador em que o jogador decide aquilo que tu vais fazer, a verdade é que tudo é possível, e tanto agora podemos ser uma espécie muito avançada e o único planeta com vida, como um dos muitos mundos no universo e sermos marionetas de um outro. Então ai veríamos que tudo aquilo que "nós"(maioria) entendemos como real, seria apenas um monte de feno que alguém nos pôs a frente, e nós feitos burros, comemos.
    Júlio Reis 11ºD

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  21. Será possível vivermos actualmente num mundo irreal? Diferente daquele em que parecemos viver? Será possível libertarmo-nos?

    No meu ponto de vista, penso que isso não é de todo verdade, não poderemos viver sob o efeito de aparências, nem sob o efeito de um supercomputador. Uma vez que nós temos um objectivo de vida, que já passamos além fronteiras do nosso planeta, e uma vez que não há relatos de algo anormal. Se vivêssemos, “comandados” como por um supercomputador, parece-me pouco provável que pensássemos sobre este assunto, uma vez que tinha o poder de “apagar”. Obviamente podemos assumir esta questão como uma questão em conformidade com o cepticismo, pois nunca poderemos ter a certeza absoluta sobre o assunto, senão um parecer acerca dele. E isto deixa-nos sempre a pensar se isso poderá ou não ser verdade, embora verificar a sua veracidade seja algo um pouco absurdo a meu ver.


    >Hugo Teixeira 11ºD nº8

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  22. Ivan Morais 11ºE
    Sim podemos estar a viver, hoje, sob o efeito de sombras ou aparências, como as que se refere Platão na “Alegoria da Caverna”, ou de ilusões, análogas às provocadas pelo supercomputador no filme “The Matrix”. Sobretudo por três aspectos que eu acho que são aqueles que nos influenciam, as ditas “sombras” são: a retórica, a publicidade e a sociedade em que nos vivemos.
    Irei começar pela sociedade que é uma influencia derivada dos pensamentos das pessoas, ou seja, vivemos hoje numa sociedade materialista que da muito valor ao dinheiro e a adquirição de bens. Se formos ver uma tribo de hindus o mais essencial não é o dinheiro mas sim o espírito de entreajuda e não de possuir bens. Nos somos bastante influenciados por esta sociedade, sejamos francos, quem não gostaria de ter um Ferrari, uma mansão, um iate, um avião privado, resumindo, ser ricos. Mas será que isto é que nos trará a felicidade a longo prazo? E não instantânea? Estamos a ser ignorantes sabendo que a verdade, ou seja, que o mais importante não é o dinheiro mas sim o amor, amizade e a entreajuda.
    Vamos agora a publicidade que é um óptimo exemplo de manipulação das pessoas. A publicidade influencia muitas pessoas porque apela aos sentimentos, ou seja, ao Pathos, o que leva muitas vezes as pessoas a adquirir o produto que estã a ser publicitado. Mas de quem é a culpa deste engano as pessoas ou os publicitadores? A culpa é dos dois, pois os publicitadores tem que apresentar a publicidade mas sem influenciarm ou maniopular as mentes das pessoas. Por outro lado os consumidores tameb mtem culpa pois tem que ser espertos o suficiente para ver o que é bom, se está ou não a ser manipulado e ser critco em relação ao que vé. Pois a publicidade ilude o consumidor e leva o auditório/consumidores a aceitar sem questionar a publicidade. Ainda existe os argumentos de autoridade que se inserem muitas das vezes nas publicidades, ou seja, o Ethos, por exemplo numa publicidade do banco BES, aparece o Cristiano Ronaldo, jogador de futebol, e ainda ouço dizer “se está lá o Cristiano Ronaldo é porque é verdade que é bom”, estas pessoas são ignorantes por quererem, para já ele não é um entendido da matéria e ainda possivelmente le nem conta tem lá no banco, só o puseram lá publicidade para atrair a atenção como ele é famoso, não é por perceber de bancos.

    Agora o elemento mais poderoso em termos de nos criar as ditas “sombras” é a retórica. É um mundo que nos evolve a mente com persuaçoes e manipulações que nos fazem quebrar muitas das vezes para as teses apresentadas. Mas atenção a 2 tipos considerados de retórica, a retórica com um bom uso ético e mão uso ético. O bom uso ético é: convence com boas razoes é considerada uma retórica “branca”, ou seja, no fundo como base utiliza as razoes, ou seja, o Logos. Enquanto que a retórica não ética no fundo como vimos na publicidade é manipular, quer iludir e levar a aceitar uma tese que se basei-a sobretudo no Phatos e Ethos. Mas atenção não tou a discriminar a retóica, acho a retórica formidável e muito poderosa mas com moderção e que tenha como base as razoes validas e correctas. Na antiga Grécia utilizavam a retórica com uma ulitilidade de discutirem de forma ética não com intenção de manipular mas sim convencer com base nas boas razões.
    Portanto, acho que somos influenciados por “sombras” tal como apresentei na minha tese, mas nós, ser humano, ser intelectual com capacidade de pensar, temos que muitas das vezes desprendermo-nos e sair do nosso circulo, pois fora dele estã a verdadeira verdade/conhecimento, porém a quem queira ficar ignorante para sempre no interior do circulo, é uma escolha, mas quererá essa pessoa ser ignorante toda a vida?

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  23. responder a este problema não é simples pois está directamente relacionado com a teoria do conhecimento.
    esta teoria põe em causa o conhecimento em si. não é um acto de conhecimento o sentar-me na cadeira mas sim saber porquê e como.
    não é questão a maneira com que vim parar neste mundo mas sim porquê e como.
    se conseguíssemos explicar estes factos, então poderíamos saber então a resposta à pergunta, mas a verdade é que não sabemos, não possuimos o conhecimento necessário para responder a tal.
    a alegoria da caverna e o filme "The Matrix" falam ambos do mesmo dilema, será o mundo actual o verdadeiro, o conhecimento que possuimos do mundo será verdade e como podemos descobrir a verdade, se o mundo em que vivemos não é apenas uma ilusão.
    são estas as teorias que tentam responder aos problemas referidos.

    davide coelho

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  24. Tanto no Matrix como na Alegoria da Caverna, existem aparências que não correspondem á realidade no caso do Matrix os programas e no casa da Alegoria da caverna as sombras, os seres humanos e os prisioneiros representam a humanidade, um espírito de pessoas que permanece toda a vida num estado de opinião, ilusão ou fé, vendo apenas sombras da realidade e ouvindo ecos da verdade. A sua opinião sobre o mundo está deformada pelas suas próprias paixões e preconceitos, em grande parte tudo isto é lhes transmitido pela retórica- condição humana em que os seres humanos em geral estão em relação ao conhecimento.
    Em ambos os casos existe um único ser humano capaz de ver a realidade toda das coisas, o único capaz de pensar e tentar alcançar o verdadeiro conhecimento, estes tentam “libertar” os outros do mundo das ilusões mas em ambos os casos sem sucesso.
    Na minha opinião como ninguém sabe o que é realmente o conhecimento, então talvez seja verdade que vivemos num mundo de sombras e ilusões, pois tudo aquilo que julgamos conhecer não sabemos ao certo se conhecemos ou não, ou seja, toda a humanidade pode estar enganada.
    Segundo o cepticismo não podemos saber o que é realmente o conhecimento ou seja, á divergências de opiniões, á muitas pessoas vitimas de ilusões que por vezes não correspondem á realidade, as nossas crenças não são justificadas, tudo isto leva-nos a pensar então em que ficamos? Se nada podemos conhecer então não devíamos dizer nada! Esta é a consequência do cepticismo ao qual devemos encontrar solução.
    Por um lado acredito que sim , que por vezes á coisas inexplicáveis, e toda a humanidade está num mundo de ilusões, no qual não encontramos respostas a muitas questões, as vezes seguimos os nosso sentidos e estes por vezes enganam nos, tal como no matrix o Neo confunde o sonho com a realidade também nós podemos confundir, as vezes a própria razão engana-nos tal como nos cálculos matemáticos por exemplo. Mas o simples facto de estarmos a duvidar de isto tudo é porque estamos a pensar e se estamos a pensar é porque existimos, logo o mundo não pode ser um mundo de ilusões nem de aparências, tal como nos disse Descartes.
    Ana Valpaços

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  25. Por definição, a realidade é a qualidade do que é real, é aquilo que existe de facto, o que é verdade, aquilo do qual temos certeza. Por sua vez, a ilusão é definida como um estado distorção da realidade, ou seja, a ilusão consiste numa incorrecta interpretação dos sentidos conduzindo-nos, assim, a uma percepção errada da realidade.
    Os conceitos ilusão e realidade são o contrário um do outro, no entanto, apenas uma pequena barreira os separa. Daí que seja difícil distingui-los.
    Admitimos que este mundo, o mundo em que vivemos é a realidade. E porquê? Porque simplesmente é o que parece. Mas afinal é ou parece que é? Esta é a grande dúvida. É ela que nos faz sair do estado de ignorância. É ela que nos abre a porta para o caminho da verdade. Pois, se nunca questionarmos nunca saberemos a verdade.
    Então, como poderemos saber se vivemos num mundo real ou num mundo ilusório? Se tudo não passar de uma ilusão, nós não teremos percepção disso. Os nossos sentidos estariam a enganar-nos e a dar-nos a ideia de que se tratava da realidade. Assim, teria de existir uma entidade superior capaz de nos controlar, de tal forma, que nos fizesse acreditar de que a ilusão era real.
    Na minha opinião, esta hipótese é bastante plausível. Pois, quantas vezes nos acontece estarmos a sonhar e pensarmos que se trata de uma situação real? Inúmeras vezes, de facto. Então, poderemos estar a viver numa espécie de sonho permanente. Esta hipótese parece ser bastante radical, mas poderá ser verdade.
    Deste modo, penso que é possível que estejamos a viver sob o efeito de sombras ou aparências como Platão refere na “Alegoria da Caverna” ou de ilusões semelhantes às que o supercomputador gera no filme “The Matrix”.
    Desde que Platão levantou esta questão até aos dias de hoje, a reposta continua em aberto. Continuamos a permanecer num estado de incerteza. Eu penso que encontraremos a resposta se continuarmos a duvidar, a questionar, ou seja, se fizermos uso do pensamento. Pois, se foi pensando que encontrámos esta dúvida, será pensando que encontraremos a resposta.

    Ana Luísa Neves dos Santos 11.ºA n.º5

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  26. Eu sei que já respondi mas não achei ser suficiente e quis concluir

    Esqueça o que eu disse no comentário anterior.
    A existência de outro mundo, tal como a alegoria da caverna e o filme matrix fazem referencia a, são teorias incertas. O mundo pode não ser como nós o conhecemos já que os nossos sentidos nos podem enganar. A teoria do cepticismo baseia-se exactamente nisso, ao admitir que as os nossos sentidos nos podem enganar, e que baseado nisso criamos crenças que podem estar erradas, eles afirmam que não pode haver conhecimento da realidade. Ao dizer que as nossas crenças podem estar erradas e que para justificarmos as nossas crenças utilizamos outras crenças, afirmam que entramos numa regressão infinita, admitindo que não nos devíamos expressar nem dizer nada.
    Se esta teoria estivesse certa, então estaríamos "perdidos", mas não está correcta porque ao afirmarmos isto, estamos a afirmar conhecimento, logo esta afirmação não pode ser verdadeira, porque se o fosse então seria falsa ao mesmo tempo. Na minha opinião não podemos saber se o mundo em que vivemos é verdade ou ilusão tal como no matrix Neo sai do mundo ilusório ao tomar o comprimido azul, não podemos porque se tivessemos as respostas ás questões que temos, então o mundo seria simples de mais e, porque se estivessemos a viver num mundo de sombras de noite esse mundo não existiria. O que quero dizer é que não podemos possuir todo o conhecimento.

    Davide Alves Coelho, 11º D

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  27. O meu comentario e o de 9 de Fevereiro de 2011 13:48

    Igor Cruzeiro

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  28. A natureza deste supercomputador poderia estar comprometida com os verdadeiros EU, em que a diretrizes em semelhança a mencionada por ISAAC ASIMOV, e que uma delas consistiria na nossa libertação, através de um despertamento gradativo.
    No filme Matrix fica claro que o mundo onde a cidade de Zion (Sião) existe, ainda é outra camada de simulação, então nosso EU está num processo de retirada de véus, conforma nossa capacidade de suportar a luz, pois não se expõe diretamente um vendado a luz do sol.
    Nada pode confirmar o último nível, mas só acordaremos a nível superior conforme nossa capacidade em suportá-lo, veja que no filme Neo foi forçado a subir de nível por objetivo muito especial, mas sua adaptação foi atribulada.
    Este foi um comentário para extrapolar o imaginário, buscando uma simplicidade filosófica sem muito sofismas.
    Bye... I see next level!!!
    Arkiel.

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  29. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!
    JO 8:32
    Arkiel.

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